O leitor escreve





Omissão dos sérios
O País se encontra cada vez mais decadente, tanto no aspecto moral quanto no aspecto material. Não é admissível que uma nação detentora de tantas riquezas naturais seja tão omissa no atentimento das necessidades primárias de seus cidadãos. Acredito que, se não mudarmos nossos pensamentos, nossas atitudes e nos posicionarmos de frente contra tudo isso, a cada dia ficará mais difícil prepararmos um Brasil socialmente gigante para nossos filhos e netos.
Surpreende-me quando alguém diz que não suporta política e políticos. Há políticos insuportáveis. A política é o maior instrumento da democracia que se conhece. Sem ela não se pratica um governo soberano, uma nação digna, um povo livre no seu arbítrio. E sem a democracia, embasada por uma política limpa e honesta, voltaríamos ao obscuro regime de exceção experimentado a partir de 1964 e que durou mais de 20 anos, onde direitos foram esquecidos, vidas ceifadas, liberdade contida autoritariamente pelo fio da baioneta.
Para que tais exemplos não mais ocorram, nós eleitores devemos aprender a votar com seriedade, escolher bem nossos representantes no governo para não nos decepcionarmos. Basta olharmos a trajetória de vida de cada candidato. A vida pessoal de cada um. Se sua vida é conduzida corretamente; se suas atitudes na sociedade são ilibadas; se tem competência administrativa no meio em que atua. A política é o sangue que oxigena a democracia, e deve ser absolutamente limpo, pois caso contrário teremos um organismo doentio, frágil e debilitado.
- PEDRO SILVA DE OLIVEIRA, Santo Antonio da Platina
Efeito bumerangue
Resumidamente, em tese, no início eram dois: Adão e Eva. Deles advém o povo que hoje habita o mundo. Esse povo aumentou descontroladamente, obrigando-se a procurar novos lugares onde pudesse encontrar melhor condição para sua sobrevivência. Daí ocuparam todas as terras do planeta e organizaram-se. De impérios e reinados à república, instituiram sua forma de governo e de governados. O Brasil, bebê de 500 anos, que ainda não possui um povo, mas sim uma multidão de 150 milhões de habitantes é o que possui maior número de reis (rei do futebol, do samba, da voz, dos baixinhos, do narcotráfico, etc.) escolheu a república como forma de governo em um regime presidencialista.
Constituídos os poderes, haveria de se criar algo que se determinasse um caminho de sustentação a ser seguido e respeitado por essa multidão que seria o alicerce econômico e financeiro desse governo organizado. Para se exigir uma obediência teria de tornar público os direitos, deveres e obrigações de cada um. Foi quando se criou a Constituição da República e estabeleceu-se como essa multidão atrapalhada teria de sustentar, com seu suor e sangue as mordomias do poder constituído. Está tudo errado. Tudo é um engodo só. A organização deste País serviu unicamente para perpetuar no poder aquelas famílias que já eram mandatárias na época da colonização inicial.
Hoje, é tão grande a carga horária imposta aos trabalhadores que os mesmos não encontram tempo para pensar. A impunidade, a imunidade, a corrupção, a falta de investimentos na educação, na saúde, na agricultura, na indústria, está causando o aumento da criminalidade, dos assaltos, dos homicídios, do tráfico de drogas, etc. É o efeito bumerangue. O que se plantou se colhe. O rico quer ficar mais rico e acaba refém de sua própria insegurança. Quase não existe mais o dom de amor ao próximo. Só está bom para o político que, por ser empregado dessa multidão que morre de fome, pode ele passear e fazer suas compras no exterior.
O capitalismo já começou a comer seu próprio rabo e essa multidão de brasileiros já não aguenta mais tanto desmando e pede uma providência divina para que Deus dê um pouco de vergonha aos políticos para que eles analisem seus erros e lembrem-se de que nada desta terra é eterno.
- JOSÉ CARLOS SIMIONI, Ribeirão Claro
Executivos
A recente expansão do setor industrial de Londrina, alavancada a partir das conclusões do Plano de Desenvolvimento Industrial (PDI), e os atuais esforços para consolidar Londrina como uma cidade/região com projeção no âmbito nacional e internacional, são desafios que estimulam e mobilizam nossa comunidade para a próxima década.
Nesse contexto, adquire relevência cada vez maior a questão da qualificação dos recursos humanos das empresas e organizações, prioritariamente nos setores de direção e gerência. Com efeito, uma elite empresarial preparada e motivada representa um dos principais ativos de uma cidade que aspira ser competitiva.
Preocupada em articular e fomentar iniciativas orientadas para soluções empresariais, a Associação do Desenvolvimento Tecnológico (Adetec) formalizou com o Instituto Superior da Empresa (ISE), de São Paulo, um plano de trabalho conjunto neste sentido. No dia 1º de julho do ano passado estiveram em Londrina dois professores do ISE, ocasião em que pudemos definir detalhes de um ‘‘Programa para Altos Executivos’’, a ser oferecido em Londrina de abril a agosto de 2000.
O ISE tem como missão a profissionalização e o aperfeiçoamento da prática da direção de empresas, orientando-a para uma gestão competitiva, unida ao desenvolvimento da capacidade diretiva do executivo através de uma revisão de atitudes e valores pessoais. Antecipamos que uma equipe de professores do ISE estará em Londrina, no dia 12 de março próximo, para uma demonstração de metodologia do desenvolvimento do programa.
- LUIZ CESAR GUEDES e KENTARO TAKAHARA, coordenadores do Programa para Altos Executivos, Londrina
Editorial
Manifestamos nossos agradecimentos pela publicação do editorial ‘‘Doença não tira férias’’, nesse jornal, no dia 29/12. Tais colocações foram muito oportunas, visto que traduziram a situação vivenciada hoje pelos hospistais. A falta de sensibilidade das autoridades não alterando as tabelas praticadas, vem inviabilizando a prestação de serviços aos beneficiários do sistema, levando inclusive o Hospital Evangélico de Londrina a decidir pelo fechamento do pronto-socorro aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
- ANTÔNIO CARLOS G. A. RIBEIRO, diretor geral do Hospital Evangélico, Londrina
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