Quando Leslie Strobel começou a sua jornada na fé cristã, seu marido Lee Strobel, premiado jornalista do Chicago Tribune pensou em se separar. Ateu declarado, ele não queria conviver com uma beata. Mas ao perceber a mudança positiva na vida da esposa ele descartou o divórcio. Porém, com o mesmo foco e determinação que dedicava às reportagens investigativas, Lee começou a ler a Bíblia, não para ser um cristão, mas para buscar inconsistências e provar que esse livro era uma fraude.

Ele passou a entrevistar os mais conceituados estudiosos dos Estados Unidos para esclarecer as seguintes dúvidas: Há evidências confiáveis de que Jesus de Nazaré é realmente o Filho de Deus? Quão confiável é o Novo Testamento? Há evidências de Jesus fora da Bíblia? Há alguma razão para acreditar que a ressurreição foi um evento real? Ele ficou tão convencido e impactado pelas respostas que também passou a ser um cristão.

Então, ao invés de apontar as falhas da bíblia, Lee decidiu escrever o livro “Em Defesa de Cristo” o qual foi também adaptado para o cinema. Pastor, escritor (novamente premiado) e apresentador de TV, sua obra mais recente se chama “Deus é real”? Ele escreveu esse livro após sua editora descobrir que, pelo menos 200 vezes por segundo, 24 horas por dia, alguém no planeta Terra está digitando em algum mecanismo de busca a pergunta: “Deus é real”?

Testemunhos como o de Lee Strobel se repetem há mais de 2 mil anos. Saulo de Tarso era o mais temido perseguidor da igreja primitiva, com autoridade para prender e até permitir a morte sem julgamento, como ocorreu com Estevão. Mas, na sua viagem para Damasco onde pretendia encarcerar os discípulos, de repente, ele viu uma luz muito forte, caiu por terra e ouviu a voz que lhe perguntou: “Saulo, Saulo por que tu me persegues”? Três dias depois ele recuperou a visão, mas sua experiência na escuridão foi tão forte que ele passou a enxergar muito mais além. Seu nome mudou para Paulo, de perseguidor virou o maior perseguido.


icon-aspas Censurada, queimada e ridicularizada, a bíblia continua sendo o livro de maior relevância no mundo

Ele que fora educado aos pés do sábio Gamaliel, poliglota, conhecedor profundo das raízes do judaísmo e do direito romano, tornou-se o grande embaixador de Cristo em diversos países. As cartas de Paulo revelam, com profundidade, a obra redentora de Jesus, a manifestação da sua graça e do seu amor.

Ao longo dos séculos, o Evangelho tem alcançado as mais diferentes tribos. Foi o que ocorreu na Califórnia em meio a toda aquela loucura vivida pelos hippies no final dos anos 60. De repente, centenas de jovens começaram a ter um encontro com Jesus e passaram a sentir uma paz sobrenatural sem o uso das drogas. A imprensa americana fez grandes reportagens mostrando a transformação dos hippies. O “Jesus Movement” se espalhou por várias cidades e faculdades.

Recentemente, a revista The Economist além de citar trechos de uma carta do missionário James Hudson Taylor (que dedicou 51 anos de sua vida à evangelização da China), também afirmou o seguinte: O governo de Pequim já identificou que, “cada cidadão convertido é um chinês a menos”. Mesmo com todas as restrições, ali nasceu e floresceu em meio às perseguições Nee To-sheng ou Wachtman Nee. Ele morreu na prisão onde ficou por 20 anos, mas o testemunho de vida e sua preciosa obra literária tem impactado leitores de dezenas de países, inclusive do Brasil.

Censurada, queimada e ridicularizada, a bíblia continua sendo o livro de maior relevância no mundo. Em recente publicação, o The Wall Street Journal informou que, “Boa parte dos jovens da geração Z está recorrendo à bíblia como fonte de verdade e esclarecimento”. E acrescentou: “Enquanto a venda de livros impressos aumentou apenas 1% neste ano, a venda de bíblias teve um salto anual de 22%, ultrapassando a casa dos 15 milhões de unidades em 2024”.

Para quem acha que ser cristão é coisa de gente careta, o superastro do rock Alice Cooper prova o contrário. Afundado no álcool e em outras drogas, ele achava que não iria chegar aos 30 anos. Seu médico e as clínicas onde esteve internado não acreditavam na sua recuperação. Ele conta que chegou ao fundo do poço quando passou a vomitar sangue. Ele não encontra palavras para descrever o seu encontro sobrenatural com Jesus, e desde então nunca mais teve vontade de beber ou usar drogas. “Beber cerveja é fácil. Destruir seu quarto de hotel é fácil. Mas ser cristão é uma tarefa difícil. Essa é a verdadeira rebelião”, testemunhou Cooper.

Edinelson Alves, jornalista