Se as comunicações são rápidas no século 21, o mesmo vale para a propagação mundial de um vírus. Ele viaja de avião, navio, trem ou ônibus e se torna uma ameaça mundial. Foi o que aconteceu com o novo coronavírus, que chegou ao Brasil com um paulista de 61 anos que retornou na semana passada da Itália. O caso foi confirmado nesta quarta-feira (26) pelo Ministério da Saúde.

A confirmação do primeiro caso não foi nenhuma surpresa. Era uma questão de tempo. No mundo interligado não é possível fechar fronteiras.

Por conta disso, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou que mesmo com o primeiro caso confirmado de coronavírus, o governo não alterou as recomendações de viagens. Mas pediu bom senso na hora de avaliar a necessidade de viajar para países com epidemia.

Quando a viagem é intransferível, não dá para abrir mão das prevenções básicas de higiene, como lavar as mãos com frequência e em caso de sintomas de gripe após o retorno, procurar uma unidade de saúde.

O surto dessa nova doença, nomeada como Covid-19, começou na cidade de Wuhan, na China, em dezembro do ano passado. Espalhou-se rapidamente pela metrópole de 11 milhões de habitantes.

O caso confirmado em São Paulo é também o primeiro da América Latina e a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que os países devem se preparar caso ocorra o pior: uma pandemia.

A FOLHA ouviu brasileiros que moram na Itália, país da Europa que vive situação dramática, com 11 pessoas mortas devido a complicações provocadas pela Covid-19. Há relatos de medo, preocupação e restrição às compras.

Mesmo quem não vive em um país em estado de epidemia e não mora em cidades com casos confirmados acabará sendo afetado. Não dá para fugir das consequências e a queda nas bolsas mundiais é uma prova disso. Aqui no Brasil, o Ibovespa abriu em baixa na Quarta-feira de Cinzas e operou em queda de mais de 7% em meio ao pânico do coronavírus.

Até o fechamento desta edição, o Paraná não tinha casos confirmados de coronavírus. O que não significa tranquilidade pois nesta quarta-feira (26) Londrina entrou em estado de epidemia de uma outra doença gravíssima, a dengue.

O coronavírus preocupa, mas não podemos tirar o foco das doenças que já circulam e matam no Brasil.

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