Faltando pouco mais de 10 dias do primeiro turno das eleições municipais de 2020, trava-se uma guerra contra a desinformação e a batalha parece estar só começando. As notícias falsas são emitidas rotineiramente com a rapidez de proliferação que o mundo virtual permite, inclusive ganhando impulso da ajuda de robôs. Em um país continental como o Brasil, com 5.570 municípios, torna-se uma tarefa árdua para a Justiça Eleitoral acompanhar a multiplicação de fake news relacionadas às eleições. .

Por isso, o combate à desinformação só avançará com a ajuda e a prontidão da sociedade. Nesta semana, a Folha de Londrina foi alertada por um morador do município de Terra Boa sobre o uso indevido da marca do jornal.

Uma página do site da Folha de Londrina foi modificada para acomodar uma notícia que não foi publicada pelo jornal e “noticiava” os resultados de uma suposta pesquisa eleitoral realizada naquela localidade.

Rapidamente, a FOLHA utilizou a sua página na internet e as redes sociais para esclarecer a fraude que usava o layout do jornal para divulgar um texto que não havia passado pela apuração de nossos repórteres.

Fake news se combate com clareza e rapidez. Foi importante a manifestação rápida do morador de Terra Boa e o esclarecimento imediato do jornal, que também denunciou o fato às autoridades competentes.

É sabido que na reta final do período de campanha haverá uma “chuva de desinformação “ ganhando o ambiente digital. Fake news em período eleitoral sempre existiu, mas a tecnologia oferece terra fértil para a sua proliferação. Para o pleito de 15 de novembro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) montou uma força-tarefa unindo especialistas de áreas jurídicas e de tecnologia para identificar ações de desinformação.

E o TSE foi além e firmou uma parceria com o Facebook e o WhatsApp na tentativa de frear a disseminação de notícias falsas durante as eleições. Por meio de várias frentes, é importante enfrentar os chamados comportamentos inautênticos nas redes sociais (aquelas contas "robotizadas" e perfis falsos nas plataformas digitais).

A Folha de Londrina também criou um serviço, o Folha Confere, que recebe denúncias e faz a checagem para verificar se o conteúdo é verdadeiro ou falso. E o jornal é um dos parceiros do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) no projeto Gralha Confere, de checagem de conteúdo.

A colaboração da sociedade é muito importante porque chegamos a um momento crítico da eleição, quando os ânimos dos candidatos e seus apoiadores começam a acirrar para ganhar eleitores.

A intenção de todos que trabalham contra as fake news não é cercear a liberdade de expressão. Mas, ao contrário, não deixar que a manipulação ou o abuso tomem as rédeas das eleições.

Obrigado por ler a FOLHA!