Muito além do cabelo, barba e bigode
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segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Folha de Londrina
Falar em mercado da beleza masculina era algo distante há pouco tempo atrás. O filão da economia passou por uma transformação acelerada e hoje conta uma gama expandida de produtos e serviços.
Segundo a consultoria Research & Markets, o segmento de cosméticos e produtos de beleza voltado para homens atingiu US$ 69 bilhões em 2020.
Essa diferença mostra que quase 90% do mercado ainda é dominado pelo público feminino. Mas também indica que o segmento voltado para homens ainda tem muito potencial para crescer.
O Brasil representa hoje 13% de todo esse mercado global. Reportagem da FOLHA entrevistou representantes do setor que colhem frutos dessa onda que vem com força e não parece ter prazo para acabar.
Essa mudança de comportamento expõe, sobretudo, uma quebra de preconceitos. Porém não só o preconceito diminuiu como a exigência da sociedade também aumentou. Hoje ambientes de trabalho ou de convivência já consideram que cuidados com a aparência são essenciais.
Rodrigo Gerardt trabalha há 11 anos como barbeiro e ainda comercializa produtos voltados ao público masculino em seu estabelecimento. O empreendimento também ajuda a aquecer a economia da cidade, pois emprega três barbeiros.
O segmento é um dos destaques nos cursos de capacitação do Sebrae. A alta demanda se explica por atrativos, entre eles o nível de investimento inicial ser baixo. É claro que os preços aumentam com a sofisticação, mas é possível começar aos poucos, projetando voos mais altos.
As diversas atividades dentro dessa cadeia também ajudam a reduzir os índices de desemprego no país.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego alcançou 9,3% no trimestre encerrado em junho, o que representa queda de 1,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. É o menor patamar para o período desde 2015, quando ficou em 8,4%.
O grande desafio do governo é conseguir a formalização dos trabalhadores do setor. De acordo com o IBGE, é possível observar que parte importante dos serviços, como os prestados às famílias, tem grande participação de trabalhadores informais.
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