A reunião do fórum empresarial do Brics (sigla composta pelos países Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul), em Brasília, teve o aceno de um relacionamento harmonioso entre Brasil e China como um dos principais destaques positivos para os brasileiros.

Antes de assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro encarava o país asiático com ressalvas. Mas nesta semana, em reunião com o presidente Xi Jinping, Bolsonaro apresentou um discurso mais pragmático que ideológico e afirmou que a China faz parte do futuro do Brasil.

Os dois líderes assinaram nove atos, contando acordos e memorandos de intenções. Entre os compromissos, o fortalecimento das relações bilaterais.

Em visita a Pequim, no mês passado, o governo brasileiro já havia declarado intenção de facilitar concessão de visto para os chineses e posteriormente para os indianos.

Na reunião do Brics, Xi Jinping repetiu o que todos sabem: o desenvolvimento da China constitui uma oportunidade para o mundo inteiro. Quem tem juízo, leva a sério a declaração do líder asiático, pois nos últimos cinco anos, a China tem contribuído com cerca de 30% do crescimento econômico mundial. Só o investimento externo dos chineses foi de US$ 143 bilhões.

Como esperado, Xi Jinping atacou medidas protecionistas dizendo que elas são uma ameaça ao crescimento global e defendeu a remoção de barreiras comerciais, linha endossada pelo russo Vladimir Putin.

China e Estados Unidos estão em guerra comercial. O governo brasileiro considera prioridade suas relações com os norte-americanos, mas com uma mudança bem-vinda de discurso, o presidente Jair Bolsonaro vem exaltando a parceria comercial com o gigante asiático. Afinal, é a China o nosso principal parceiro comercial e possivelmente é lá que o governo brasileiro tem grandes chances de encontrar empresários dispostos a comprar estatais em processo de privatização e investir em obras de infraestrutura para destravar a economia brasileira.

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