Tenho um amor profundo pela palavra escrita e devo muito a ela. Não sou, obviamente, contra os avanços tecnológicos nos meios de comunicação. Mas admito ser uma espécie de caipira cibernético, apesar dos meus traços orientais. O monitor me cansa e não abro mão de sentir o cheiro e a textura do papel na ponta dos dedos. Parece que parte da poesia se perde nesse processo de transição do papel ao digital. Fico triste ao perceber que os livros e jornais impressos parecem estar perdendo o seu real valor. Desculpe se sou antiquado, mas sou eternamente grato a Folha de Londrina. nunca me canso de repetir que um produtor cultural ou escritor não é nada sem a imprensa. Ele simplesmente não existe sem a imprensa. Antes mesmo de eu ler a reportagem publicada sobre o meu livro, Maria Ohara, filha de Haruo Ohara, foi a primeira pessoa a entrar em contato comigo para comprar o meu livro por conta da reportagem da Folha de Londrina. Fiquei muito sensibilizado e feliz. Muito obrigado pelo espaço.
Wilton Mitsuo Miwa, escritor, produtor cultural e autor de "Memórias de um Motorista de Aplicativo".