Abdul Quader, de 44 anos, e Norum Amin, de 29, são irmãos e vieram de Bangladesh. Abdul contou que veio ao país em meados do ano passado para trabalhar e que chegou à região mediante a indicação de conterrâneos que já estavam por aqui. A porta de entrada foi a mesma usada pelos demais bengaleses e haitianos que chegam ao país: Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia. Ele, o irmão e os outros dez bengaleses que trabalham em uma indústria de fabricação de produtos de alumínio em Londrina moram em Rolândia, onde residem outras dezenas de conterrâneos. Os proprietários da empresa afirmaram que têm que se policiar para evitar que os bengaleses ali empregados extrapolem as horas extras. "Se dependesse deles, ficariam trabalhando até a empresa fechar", afirma o diretor administrativo, Sandro Janene. "Eles não têm preguiça, não faltam, não simulam atestados", prossegue.