MEMÓRIA| Alimentos embalam altas no quarto ano do real
03 DE JULHO 1998
PUBLICAÇÃO
sábado, 03 de julho de 2021
03 DE JULHO 1998
null
Não foi sem razão que a inflação no quarto ano de real foi batizada por economistas e especialistas em custo de vida de ‘‘inflação do feijão’’. Entre junho de 97 e junho de 98, o preço do feijão subiu 120%, a maior alta registrada no período pela pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP). No quarto ano do real, o ‘‘vilão’’ da inflação deixou de ser o aluguel e passou a ser a alimentação.
No mês passado, o consumidor pagava pelo quilo do feijão 205,55% mais do que em julho de 1994, quando o real entrou em circulação. Pela primeira vez desde a criação do real, os preços dos alimentos no ano subiram mais do que a média do custo de vida. Em 12 meses, encerrados no mês passado, os alimentos ficaram em média 3,61% mais caros, enquanto a inflação subiu apenas 1,87%.

