18 DE OUTUBRO DE 2005

As temperaturas voltaram a subir com o início da primavera e a proximidade do verão, fazendo com que as pessoas busquem formas de se refrescar. Quem não pode ter o luxo de frequentar as piscinas dos clubes sociais acaba tendo a alternativa, nada aconselhável, de buscar o lazer em rios, lagos e represas da cidade.O resultado é que, nesta época do ano, aumentam os casos de afogamentos. São crianças ou adolescentes que se arriscam em aventuras perigosas em locais profundos, ou de adultos que exageram na bebida e se envolvem em tragédias.Em Londrina, um dos locais preferidos para se refrescar do calor é o Lago Igapó, que se transforma em uma verdadeira piscina pública. Além do perigo de afogamento, existe outro dado preocupante: há pelo menos um ano a água do lago não é submetida a análise para checar se oferece condições de banho.Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a chamada balneabilidade era monitorada frequentemente através de um convênio com o município, que não foi renovado.Com isso, a água do Igapó que recebe resíduos que escorrem das ruas em dias de chuva e de possíveis esgotos clandestinos pode estar contaminada, por exemplo, com coliformes fecais e produtos químicos, mas não há laudo que confirme estas informações e que possa servir de alerta à população.Diante dessa situação, as pessoas precisam estar conscientes que a função do lago é urbanística, de ornamentação da cidade, e não um local para banho. Ninguém deve nadar no Igapó.