25 DE SETEMBRO DE 2004

Deixar o país ou a cidade natal para tentar a vida em locais distantes. Enfrentar o desconhecido, as dificuldades em relação ao clima, idioma e a saudade dos parentes e amigos. Em Londrina, é comum encontrar pessoas neste tipo de situação. A cidade abriga tanto imigrantes de outras nações, que formaram importantes colônias na Região Norte do Paraná, e migrantes de outros estados, que estão aqui em busca de estudo, trabalho e riquezas, ou simplesmente sobrevivência. Questões políticas foram um fator determinante para a vinda de diversos estrangeiros para o Brasil e para Londrina, entre outras cidades. Atualmente, imigrantes e descendentes de japoneses, italianos, portugueses, espanhóis, russos formam o rico cenário cultural da cidade. Um exemplo é a família Polkiskh, que - expulsa da Rússia pelo comunismo -, veio para o Brasil e estabeleceu-se na Região Norte do Paraná em 1935. ''Na época, o Brasil estava no auge. A terra de Londrina é muito boa e havia muito café. Todos progrediam aqui. Não tinha e não tenho porque ir embora'', opina Miguel Polkiskh, 77 anos. A história tem se repetido com frequência na cidade. É comum estudantes virem para Londrina e criar raízes na região depois de formados. O caso dos Polkiskh, no entanto, é diferente das centenas de alunos que escolhem as universidades daqui para estudar.

(Fernando Rocha Faro/ Reportagem Local)

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