13 de janeiro de 2020

São Paulo - As montanhas de pedras, os prédios inclinados como pequenas torres de Pisa e as praças tomadas por tendas improvisadas com lençóis há muito deixaram de fazer parte da paisagem de Porto Príncipe. Em compensação, o palácio presidencial ainda não reconstruído, os precários bairros surgidos para acolher desabrigados e a perene falta de serviços básicos são lembretes permanentes da maior tragédia já vivida por um país que as colecionou aos montes ao longo de sua história. No domingo (12), o terremoto de magnitude 7 que arrasou o Haiti, deixando entre 100 mil e 200 mil mortos (a depender da fonte), completou dez anos. A tragédia atingiu em cheio o Brasil, que comandava a força armada da ONU no país. Morreram 18 militares brasileiros, além da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e do diplomata Luiz Carlos da Costa, que era o número 2 da missão civil das Nações Unidas.