MEMÓRIA - Divisão da Palestina completa 53 anos
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segunda-feira, 29 de novembro de 2021
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29 DE NOVEMBRO DE 2000
Trinta e três ‘‘sim’’, 13 ‘‘não’’ e 10 ‘‘abstenções’’ tornaram realidade um sonho sionista de milhões de judeus: ao ultrapassar a margem exigida de dois terços dos votos na Assembléia-Geral da ONU, o Estado judeu proclama seu nascimento, em 29 de novembro de 1947. Esta votação histórica, realizada sob a cúpula da velha pista de patinação de Flushing Meadows, em Nova York, decidiu a divisão da Palestina em um Estado Judeu e um Estado Palestino, provocando reações diametralmente opostas em todo o mundo. Em Tel Aviv, a comunidade judaica da Palestina segura a respiração no momento da votação. Finalmente, a multidão entusiasta explode em aplausos. Entre os palestinos, prevalece um sentimento de injustiça, raiva e amargura. Segundo a resolução 181 da Assembléia-Geral, os judeus conquistam três regiões: uma faixa que vai do extremo-norte da Galiléia até o lago Tiberíades, o litoral central (de Tel Aviv até Haifa) e o deserto de Negev. No total, 50% da superfície da Palestina. Por sua vez, os palestinos conservam, no final do mandato britânico, no dia 14 de maio de 1948, três regiões: uma na Galiléia ocidental ao redor de São João do Acre, a segunda na Faixa de Gaza com uma parte da fronteira com o Sinai, e a terceira na Cisjordânia, com exceção de Jerusalém, que é prevista para ficar sob administração internacional.A comunidade internacional estava profundamente dividida. A Grã-Bretanha, que mudou permanentemente seus apoios, nessa época defendia os árabes, e preferiu abster-se, assim como a China e a Argentina. A França, que se manteve sem se pronunciar durante longo tempo, finalmente votou pela divisão. Pressões americanas fizeram com que Libéria, Haiti e Filipinas votassem pelo ‘‘sim’’
(France Presse De Paris)

