MEMÓRIA - ''Crianças do papa'' guardam suas relíquias
07 DE JULHO DE 2001
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 07 de julho de 2021
07 DE JULHO DE 2001
Alice Resende - Estagiária*
‘‘Mesmo sem lembrar de nada, me sinto abençoada até hoje’’. A frase é de Caroline Drozdz, uma morena de olhos azuis, que completa 23 anos na próxima sexta-feira. O motivo da bênção: Caroline foi uma das crianças abraçadas e beijadas pelo papa em Curitiba. Naquela tarde fria de 5 de julho de 1980, ela, que nem completara dois anos, estava no estádio Couto Pereira acompanhando os pais, integrantes de um coral polonês. Caroline e a mãe, Noemia Drozdz (lê-se ‘‘droxt’’), hoje com 49 anos, foram escolhidas para entregar ao papa um quadro de Nossa Senhora de Czestochowa, padroeira da Polônia, para que ele o abençoasse. A menina estava vestida com trajes típicos da região da Cracóvia (terra natal de João Paulo II), trazidos pelo avô, que visitara o país. ‘‘Ele pediu, em polonês, para eu alcançar aquela linda cracoviana’’, conta Noemia. O pontífice então tomou Caroline nos braços, a beijou no rosto e a abraçou e deu a ela um terço. O terço, a roupa e o álbum com as fotos são guardados como relíquias.