A quinta-feira (19) foi de anúncios de medidas drásticas, mas necessárias, contra o coronavírus. Já no começo da tarde, o governador Ratinho Júnior decretou situação de emergência no Estado, decisão que tem como objetivo agilizar a obtenção de recursos para ações imediatas no combate ao vírus.

A preocupação tem fundamento. Em apenas 24 horas, conforme balanço da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o número de casos confirmados no Paraná saltou de 14 para 23. As últimas notificação foram oficializadas em Curitiba. São cinco mulheres e quatro homens. A quantidade de casos suspeitos também subiu de 200 para 291.

Pelo decreto de emergência, ficam dispensadas as licitações para os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta, de prestação de serviço e de obras relacionadas à reabilitação do cenário.

O Estado também determinou a suspensão de atividades em shoppings, galerias, centros comerciais e academias.

No começo da noite, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, anunciou o fechamento de todo o comércio. A medida começa a valer nesta sexta-feira (20), mas os comerciantes poderão abrir as portas das lojas até sábado. A validade do decreto é para 15 dias, com prazo prorrogável por mais 15 dias. Somente serviços essenciais como farmácias e supermercados terão autorização para manter o funcionamento.

A decisão do governador e do prefeito foi tomada justamente porque o isolamento social tem se mostrado como a medida mais importante na reversão da taxa de crescimento de contágio.

Nesse momento é preciso tomar todas as atitudes necessárias, mesmo que drásticas, para evitar o colapso do sistema de saúde.

Muitos têm se mostrado conscientes da importância da reclusão, mas ainda se vê aglomeração de pessoas nas ruas, parques, lojas e supermercados.

São atitudes como essa que preocupam porque mostram falta de comprometimento social e entendimento da gravidade da pandemia.

Países que se encontram em estado de calamidade, como a Itália, demoraram para adotar o distanciamento social. Quem não trabalha em áreas essenciais deve obedecer ao isolamento e, antes de sair de casa, pensar nos pais, avós, parentes e amigos de grupo de risco.

De nada serve fechar o comércio se as pessoas forem às ruas sem necessidade. Isolamento não é férias e nem feriado. E a única forma de conter o vírus é com responsabilidade.

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