Diante das previsões catastróficas para a economia brasileira por conta da crise do novo coronavírus, governos anunciam a injeção de recursos no mercado.

No último domingo (22), o presidente da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, disse que o número de desempregados no País pode chegar a 40 milhões caso o governo federal não tenha na manga uma carta do nível de um plano Marshall – o pacote de reconstrução da Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Hoje, o número de pessoas desempregadas no Brasil está em 10 milhões.

Agora que a economia deu os primeiros sinais de recuperação, é triste ver projeções tão pessimistas. Mas é preciso se preparar. E o presidente Jair Bolsonaro não pode perder o controle da situação, por mais difícil que se apresente.

Planejar o que fazer nesse momento dramático da saúde pública e da economia é condição essencial para evitar que as empresas fechem e coloquem na rua seus funcionários.

É preciso pensar em socorrer as empresas e também a ajudar base da pirâmide, as pessoas mais vulneráveis socialmente e economicamente. Nesta terça-feira (24), o governador Ratinho Junior anunciou um pacote social de R$ 400 milhões para atender famílias paranaenses mais carentes a enfrentarem a pandemia do novo coronavírus.

Entre as medidas estão auxílio financeiro para 300 mil famílias por cinco meses, novos limites de consumo nos programas sociais da Copel e da Sanepar, adiamento das parcelas dos programas de habitação da Cohapar e reforço na compra de insumos da agricultura familiar.

O governador está certo em pensar imediatamente nas necessidades de quem deve mais sofrer a curto prazo. Com a restrição social, lojas, restaurantes e outros serviços estão fechados. Permanecem abertos os supermercados, farmácias, padarias e demais segmentos essenciais.

Algumas iniciativas já estão sendo efetuadas, como a distribuição da merenda escolar para beneficiários do Bolsa Família.

Ainda nesta semana, o Estado fará um novo anúncio, apresentando medidas de estímulo à atividade econômica. Ele está sendo construído em parceria com o setor produtivo, o governo federal e as equipes técnicas da administração estadual. Esse segundo pacote atenderá comerciantes, industriais, autônomos e microempreendedores.

Não podemos minimizar as consequências da pandemia para a vida das pessoas em todo o planeta e nem errar nas medidas de saúde pública e de incentivo à economia. Elas serão decisivas para estabelecer a real dimensão dos danos da Covid-19.

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