Dentre todas as vantagens que a grande rede de computadores trouxe para a civilização, uma das mais importantes é o do combate à pedofilia. Embora pareça contraditório, esta é uma realidade que deve ser levada em conta. Pois com a Internet, é verdade que a quantidade de páginas expondo fotografias de crianças sendo exploradas sexualmente quadruplicou em velocidade tão alta quanto a da expansão dessa nova ferramenta de comunicação. Mas, por outro lado, chegar aos autores desses crimes tornou-se mais comum em relação ao passado, quando os recursos utilizados eram mais domésticos, como as publicações piratas e os vídeos.
Agora, se a pedofilia zomba da lei e busca espaço na rede, esse crime está mais visível e, consequentemente, mais sujeito à denúncias. Exposta a contravenção e acessível à milhares de pessoas, é claro que o poder policial se vê também obrigado a agilizar as investigações. Por outro lado, a informática já não é mistério para milhares de profissionais que saem das universidades especializados na área. Assim também ocorre com a Internet. Então enganam-se os contraventores que acreditam na impunidade.
Basta lembrar que quase diariamente são noticiados casos policiais em que a grande rede foi inescrupulosamente usada por criminosos. Como o do recente golpe dos cartões de crédito e este que a Folha de Londrina publica hoje, do uso indevido do provedor de um organismo religioso para a exploração de imagens de crianças na Internet.

Walter Ogama