Londrina invisível – a espiral Imaginária
PUBLICAÇÃO
sábado, 10 de agosto de 2024
Mundiware (Marcio)
Existe um mito em Londrina. Da “cidade de cima” e “cidade de baixo” da linha de trem.
Nas andanças por cidades históricas e estações ferroviárias mundo afora, identificamos sempre um lado luz e um lado sombra.
O lado luz é dos turistas, dos fast food e das selfies. O lado sombra, cinzento, é dos imigrantes clandestinos, botequins, hotéis de meia porta, becos, personagens de calçada e flâneurs. O lado da transformação rápida versus o lado das permanências lentas e fugidias. Marcadores de tempo.
Esse contraste também pode ser considerado como atratividade. Atmosfera como riqueza de cidades.
Na planta de expansão de Londrina (1936), as quadras formavam blocos (de quadras) numerados em sequência. As quadras de um lado a outro dos trilhos apresentavam continuidade. Revelavam, no conjunto, uma espiral imaginária. Não existia mais a cidade “de cima” e a “de baixo”. Londrina iria crescer em espiral (Yamaki, 2002).
Espiral imaginária faz lembrar cidades ideais. Na próxima visita a Londrina tente uma aventura urbana. Flanar pela espiral imaginária.
Resgatar o real patrimônio. A Londrina invisível, imaginária e idealizada.
Humberto Yamaki, coordenador do Laboratório de Paisagem UEL