Londrina e Maringá: a união tecnológica que molda o futuro
Juntas, as duas cidades paranaenses somam mais de 4.600 empresas do setor
PUBLICAÇÃO
sábado, 07 de dezembro de 2024
Juntas, as duas cidades paranaenses somam mais de 4.600 empresas do setor
Adriana de Cunto
No final dos anos 1980, quando Londrina ainda respirava a prosperidade trazida pela cultura cafeeira, o jornalista João Milanez, fundador da Folha de Londrina, lançou as bases de uma transformação que, décadas depois, vem ajudar a definir mais uma vocação econômica da cidade. Milanez, com sua visão arrojada, foi uma das primeiras pessoas a perceber que o futuro de Londrina não poderia se limitar às atividades agrícolas, por mais relevantes que fossem.
O fundador da FOLHA vislumbrou na tecnologia o caminho para diversificar a economia e garantir um crescimento sustentável, ajudando a criar a Adetec (Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina), fruto de um esforço coletivo entre academia, empresários e governo.
Inicialmente, parecia um projeto ousado para uma época em que a internet era incipiente e a informática ainda era restrita a grandes empresas. Mas, como grandes ideias exigem tempo e perseverança, a Adetec serviu como ponto de partida para o que hoje é um setor muito promissor na região: a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Quem contribuiu muito com a tarefa de viabilizar o projeto da Adetec foi o jornalista e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Tadeu Felismino.
Em reportagem deste fim de semana (7 e 8), a FOLHA mostra um pouco da trajetória do setor de tecnologia da informação desde a Adetec até a mais recente novidade: o lançamento do Polo de TIC, na sexta-feira (6), durante a programação do Fiil (Festival Internacional de Inovação de Londrina).
O Polo de TIC é uma iniciativa do Sebrae e une Londrina e Maringá no propósito de fortalecer as regiões norte e noroeste do Estado no mercado nacional e no cenário internacional do setor de tecnologia.
A importância da parceria dos dois municípios vai além dos números. Juntas, as duas cidades somam mais de 4.600 empresas do setor, compartilhando ativos e promovendo um ambiente de negócios dinâmico e inovador. Assim, o Norte e o Noroeste do Paraná passam a se posicionar como uma alternativa viável a outros polos já consolidados, como Campinas e Florianópolis.
Esse movimento, iniciado há mais de três décadas, é um lembrete poderoso de como visões ousadas e parcerias estratégicas podem transformar realidades.
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