No final dos anos 1980, quando Londrina ainda respirava a prosperidade trazida pela cultura cafeeira, o jornalista João Milanez, fundador da Folha de Londrina, lançou as bases de uma transformação que, décadas depois, vem ajudar a definir mais uma vocação econômica da cidade. Milanez, com sua visão arrojada, foi uma das primeiras pessoas a perceber que o futuro de Londrina não poderia se limitar às atividades agrícolas, por mais relevantes que fossem.

O fundador da FOLHA vislumbrou na tecnologia o caminho para diversificar a economia e garantir um crescimento sustentável, ajudando a criar a Adetec (Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina), fruto de um esforço coletivo entre academia, empresários e governo.

Inicialmente, parecia um projeto ousado para uma época em que a internet era incipiente e a informática ainda era restrita a grandes empresas. Mas, como grandes ideias exigem tempo e perseverança, a Adetec serviu como ponto de partida para o que hoje é um setor muito promissor na região: a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Quem contribuiu muito com a tarefa de viabilizar o projeto da Adetec foi o jornalista e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Tadeu Felismino.

Em reportagem deste fim de semana (7 e 8), a FOLHA mostra um pouco da trajetória do setor de tecnologia da informação desde a Adetec até a mais recente novidade: o lançamento do Polo de TIC, na sexta-feira (6), durante a programação do Fiil (Festival Internacional de Inovação de Londrina).

O Polo de TIC é uma iniciativa do Sebrae e une Londrina e Maringá no propósito de fortalecer as regiões norte e noroeste do Estado no mercado nacional e no cenário internacional do setor de tecnologia. 

A importância da parceria dos dois municípios vai além dos números. Juntas, as duas cidades somam mais de 4.600 empresas do setor, compartilhando ativos e promovendo um ambiente de negócios dinâmico e inovador. Assim, o Norte e o Noroeste do Paraná passam a se posicionar como uma alternativa viável a outros polos já consolidados, como Campinas e Florianópolis.

Esse movimento, iniciado há mais de três décadas, é um lembrete poderoso de como visões ousadas e parcerias estratégicas podem transformar realidades.

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