O Brasil está próximo de completar seis meses de medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus. Essas ações dependem que população e poder público façam, cada um, a sua parte.

Com o avanço das medidas de restrição mais duras nesses seis meses, vários setores da economia começaram a se manifestar na figura de empresários e funcionários reivindicando a flexibilização das medidas de isolamento social.

Governadores e prefeitos foram bastante cobrados, pois a paralisação do comércio e outras atividades, como bares, restaurantes e academias significaram forte dano à economia do país. “O dano à economia brasileira será muito maior do que o causado na saúde pública” defende uma parcela da população.

Encontrar o equilíbrio dessa flexibilização não tem sido fácil para os gestores públicos. Como conciliar a preocupação com o tombo na economia e com as recomendações das autoridades sanitárias?

Nos últimos dias, o município de Londrina viu o isolamento social cair enquanto aumentava aglomerações em espaços públicos e privados. A consequência desse comportamento não demorou para aparecer nas estatísticas da prefeitura quanto ao panorama da Covid-19 na cidade. Houve considerável aumento no número de casos de infectados no município, colocando em risco o sistema de saúde.

Para o prefeito Marcelo Belinati, o crescimento no número de casos de Covid-19 é consequência da realização de festas, baladas, churrasco e jogos de futebol clandestinos. Nesses eventos, não há controle no distanciamento ou máscaras. No último final de semana, de calor e sol forte, os parques e espaços públicos de lazer também registraram aglomerações.

Diante dessa situação, a luz de alerta foi ligada. O prefeito voltou a decretar o fechamento de bares e áreas públicas de lazer de Londrina a partir de sexta-feira (11) com prazo de 14 dias. Como de nada adiantam novas medidas de restrição sem uma fiscalização eficaz, o município anunciou a criação de uma força tarefa entre a Guarda Municipal e outras secretarias para intensificar a fiscalização quanto ao cumprimento das normas de prevenção.

E como a questão financeira tem mais efeito que a consciência coletiva, a prefeitura ainda vai aplicar multa desde a primeira vez em que uma pessoa for flagrada na rua sem máscara. Verificou-se nos últimos dias comportamentos que colocam em perigo vidas humanas. A pandemia ainda não acabou e situações extremas exigem bom senso e responsabilidade.

A FOLHA deseja aos seus leitores saúde e paciência!