Acaba de avançar mais um passo a 6ª rodada da concessão em bloco de 22 aeroportos, no final do mês passado, com a entrega dos EVTEAs (Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) pelos consórcios e empresas autorizados pelo edital de chamamento do programa do Ministério da Infraestrutura.

Cinco grupos, dos oito consórcios e empresas autorizados, entregaram os estudos, que subsidiarão a modelagem da rodada das concessões dos blocos Sul (liderado pelo Aeroporto de Curitiba/PR), Norte I (Manaus/AM) e Central (Goiânia/GO). O Aeroporto de Londrina está na lista de aeroportos do bloco Sul, assim como Foz do Iguaçu, Navegantes, Joinville, Bacacheri, Pelotas, Uruguaiana e Bagé.

Três dos cinco grupos elaboraram EVTEAs para todos os blocos, um apenas para o bloco Sul e outro apenas para os blocos Norte e Central. Os próximos passos são a seleção, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, de um estudo referencial para cada um dos três blocos regionais. Depois serão realizadas audiências públicas, programadas para o primeiro trimestre do ano que vem. Os leilões estão previstos para o quarto trimestre de 2020.

Há décadas o município de Londrina reivindica melhorias no Aeroporto Governador José Richa, fator essencial não só para os londrinenses, mas também para quem vive nos municípios do Norte do Estado que utilizam o serviço administrado atualmente pela Infraero.

Todos sabem a importância que esse processo de concessão representa para o desenvolvimento do Norte do Paraná e por isso políticos e lideranças empresariais da região criaram uma comissão de infraestrutura para acompanhar de perto o processo de estudos para concessão do aeroporto à iniciativa privada, garantindo a execução das obras previstas de ampliação da pista em 750 metros e a instalação de instrumentos de voo, como o ILS. Além disso, a comissão reivindica que os investimentos feitos pelo município sejam ressarcidos ao erário.

Um dos pontos positivos desse modelo proposto pelo governo federal é unir em um lote aeroportos grandes e de alto potencial rentável com outros terminais menores, utilizados basicamente para a aviação regional. Assim, os consórcios que ganharem o leilão terão que investir em todas as unidades e não apenas no “filé-mignon”.

A entrega dos estudos de viabilidade mostra que o processo está dentro do prazo proposto pela Secretaria de Aviação Civil, um alívio quando se lembra que no Brasil muitos processos de licitação ou concessão viram uma novela, acompanhada de atrasos e conflitos. Tomara que em breve, Londrina venha a comemorar a tão esperada ampliação da pista e a instalação do sonhado ILS.

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