Governadores e prefeitos municipais, com medo de não conseguirem atender “milhões de infectados” pelo coronavírus, emitiram extemporaneamente decretos estabelecendo o isolamento horizontal, paralisando praticamente a economia nacional. Estudos mostram que a transmissão e reprodução de vírus são dificultadas em regiões de clima tropical, que apresentam altas temperaturas.

Compreendemos que, com a finalidade de conter a evolução da doença, bastaria que o poder público adotasse o isolamento vertical, ou seja: 1) recomendasse que os idosos e portadores de comorbidades não saíssem de casa; 2) incentivasse a procura de uma orientação médica para quem apresentasse os sintomas do coronavírus; 3) sugerisse e salientasse a necessidade de lavar as mãos, adequada e incessantemente; 4) orientasse a impropriedade da aglomeração de pessoas, em números centenários.

E agora? Quem arca com as despesas de uma família, com o trabalhador autônomo parando 15 dias? Quem paga os boletos do comerciante que vencem diariamente? Quem remunera os salários (art. 486 da CLT), de centenas de funcionários das indústrias? E as aulas interrompidas, como serão repostas?

A alegada e precipitada “situação de emergência”, que motivou o decreto municipal não se confirmou. Portanto, as conseqüências jurídicas de eventuais judicializações recairão sobre a sociedade londrinense. O alerta feito pelo presidente da República explicando que os prejuízos e as conseqüências pelo fechamento do Brasil seriam muito superiores aos danos provocados pelo Covid-19 foi plenamente ignorado. Prevaleceu a vontade política criminosa pelo poder, a torcida pela desgraça maior por parte dos esquerdopatas e o comportamento condenável da mídia global, aterrorizando os lares brasileiros, transferindo tragédias internacionais para o solo da pátria amada.

Roberto Delalibera (advogado) Londrina

"Somos vulneráveis"

Hoje (29) li o artigo do Padre Manoel Joaquim, na Folha de Londrina, seção "Espaço aberto", com o título "Somos vulneráveis". Texto irretocável, demonstrando lucidez, neste momento de incertezas e contradições. Parabéns ao autor do texto e à Folha de Londrina e sua Redação pela oportunidade que oferece aos leitores de poderem desfrutar de um pensamento lúcido.

Weber Vanzo (advogado) Londrina