Investimento em pesquisa e desenvolvimento
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quinta-feira, 07 de novembro de 2019
Folha de Londrina
O credenciamento provisório de parques tecnológicos realizado pelo Separtec (Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná) e pela Secretaria de Fazenda no mês de outubro revelou uma ótima notícia: o Paraná tem pelo menos 18 dessas estruturas que atendem aos critérios definidos pelo Sistema. O lado positivo disso é que os parques tecnológicos são uma grande alavanca para os municípios que pretendem ser inovadores e desenvolvidos, como informou à reportagem da FOLHA, nessa quarta-feira (6), o presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Bruno Ubiratan.
Londrina começou a trabalhar na criação do parque há 20 anos. O município conquistou o credenciamento provisório do Parque Tecnológico Francisco Sciarra. Também na região Norte foi credenciado o Parque Tecnológico de Cornélio Procópio, no campus da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal). Maringá (Noroeste) teve dois parques credenciados e contará com um campus do Parque Tecnológico do Tecpar, credenciado em Curitiba.
O Sistema foi criado pelo Separtec a partir de uma demanda dos próprios empresários paranaenses que, quando precisavam fazer pesquisa aplicada, buscavam instituições de fora do Estado. A partir de então, os parques tecnológicos passaram a ser um ponto estratégico do trabalho da Seti, por aproximar as universidades e instituições de pesquisa do setor produtivo. Assim, surgiu o projeto de criação de um sistema estadual de parques tecnológicos, como já existe no Estado de São Paulo.
O Separtec tem como objetivo identificar os parques tecnológicos já existentes no Estado e promover uma sinergia com pesquisadores, universidades, empresas e agências de fomento. Uma ótima oportunidade para que as pesquisas realizadas nas universidades se transformem em negócios, lembrou o secretário-executivo do Sistema, José Maurino de Oliveira Martins.
O credenciamento definitivo poderá ajudar os parques a terem acesso às ações do Estado, como linhas de financiamento e capacitação. Nesse momento, eles estão passando por monitoria para ajudar a conquistar a habilitação permanente.
Um parque tecnológico pode ser compreendido como uma área física que reúne empresas, incubadoras e órgãos de pesquisa. O compartilhamento de informações e experiências é a chave do negócio.
O Paraná é considerado favorável para o desenvolvimento de iniciativas que envolvam ecossistemas de inovação. O Estado conta com importantes universidades federais, estaduais e particulares, além de órgãos de pesquisas. São motivo de preocupação a crise econômica e os recentes cortes nas áreas de pesquisa, fatores que representam uma ameaça de enfraquecimento da ciência no País. Portanto, é um alento saber que apesar dos percalços, os parques tecnológicos estão recebendo atenção e investimento.
A FOLHA agradece a preferência!
Por problemas técnicos, excepcionalmente nesta edição o noticiário de Economia circula nas páginas 5 e 6 do Primeiro Caderno.