A internet, por meio das redes sociais, estabeleceu um espaço imensurável para que as pessoas do mundo todo fizessem circular ideias e opiniões. É um meio de infinitas possibilidades de acesso a grandes cientistas, filósofos, artistas, economistas, políticos, encontro de amigos e famílias. Foi graças à rede mundial que trabalhadores do mundo inteiro puderam continuar produzindo durante a pandemia do coronavírus.

Por outro lado, as redes sociais colocam pessoas de qualquer idade e condição social frente a criminosos, golpistas, criadores de notícias falsas, campanhas de ódio, constrangimento público, preconceitos, assédios, exposição da intimidade e agressões verbais. Embora livres para manifestar as opiniões, os internautas precisam ter bom senso na hora de expressar uma ideia.

Uma conduta adequada é necessária e se o cidadão estiver conversando com um grupo profissional a atenção precisa ser redobrada. Um deslize pode custar caro.

Um exemplo de falta de bom senso foi constatado nessa segunda-feira (8), em um grupo de WhatsApp de advogados do Núcleo Jovem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), subseção de Londrina. Um dos integrantes teria publicado uma mensagem ofensiva com críticas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta última segunda-feira (8).

Um print da conversa que circulou no aplicativo de conversas instantâneas mostrou que o jovem advogado usou palavras de baixo calão para descrever a data e disse que o Dia da Mulher tem o objetivo de "separar mais os homens das mulheres", estimular o "conceito comunista de família" e "destruir a família tradicional". Ao final, ele critica a Lei Maria da Penha, reconhecida mundialmente como um marco legal de combate à violência contra a mulher, chamando-a de "porca".

Outro print mostrou um dos integrantes do grupo respondendo à mensagem, afirmando que iria reportar o conteúdo à OAB/Londrina e pedindo para que ele se informasse mais sobre o histórico da luta das mulheres por igualdade. Também ressaltou que a data não tem relação com o comunismo e nem prega a “destruição” da família. A OAB está instaurando um processo disciplinar contra a pessoa que fez a postagem.

Costumamos compartilhar mensagens, vídeos, opiniões e críticas via redes sociais e essas publicações ganham um caminho sem volta neste universo que é a internet. Usar o bom senso evitará muita dor de cabeça.

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