Entre 2020 e 2023, a região de Londrina se destacou pelo crescimento de 142% na commodities agrícolas como o açúcar, milho, soja e farelo nos portos do Paraná. Os produtores da região movimentaram 12,3 milhões de toneladas de granéis sólidos no período de 2020 e 2024, sendo que Londrina representou 35,7% do market share regional. Na sequência, temos Sertanópolis (24,9%), Rolândia (22,8%), Florestópolis (8%) e Ibiporã (1,8%).

Esses índices ajudaram a colocar o interesse pela internacionalização num outro patamar e o tema exportações foi o mote do 22º Encontros Folha - Conteúdo com Relevância , realizada na última terça-feira no Centro de Eventos do Aurora Shopping, em Londrina.

“Exportações Brasileiras em Alta - Como Identificar Oportunidades, Impulsionar os Negócios e Aproveitar a Boa Fase de Recordes Históricos” trouxe para o centro das atenções três painelistas: Danubia Milani Brouco, consultora de projetos do Sebrae; Gabriel Perdonsini Vieira, diretor de Operações Portuárias da Portos do Paraná; e Higor de Menezes, gerente de Relações Internacionais na Fiep ( Federação das Indústrias do Paraná). O mediador foi o economista Marcos Rambalducci, professor da UTFPR (Universidade Tecnológica do Paraná) e colunista da Folha de Londrina.

A promoção do 22º Encontros foi da Folha de Londrina e Sebrae, com patrocínio do Sicoob, Integrada Cooperativa Agroindustrial e Grupo Selmi. Contou com apoio da Frezarin Eventos e Amadeus Cervejas Especiais.

Os números sobre exportações apresentados pelos painelistas destacam um grande potencial econômico que prova a força do agronegócio, protagonista nos dois portos do Paraná: Paranaguá e Antonina. Mas esses resultados apontam para o começo de um caminho que exige maior diversificação e planejamento estratégico para impulsionar a economia do Norte do Estado e sua inserção global.

Os debates promovidos na 22ª edição dos Encontros Folha apontaram o desafio bastante claro: apesar do sucesso no agronegócio, a região precisa de mais empresas voltadas à exportação de produtos manufaturados, segmento de maior valor agregado e que impulsiona a industrialização.

O mediador do evento e os painelistas destacaram a importância de um “DNA globalizado” desde a concepção das empresas, com produtos e serviços competitivos no mercado internacional. Essa visão exige mudança cultural e apoio institucional, como o trabalho desenvolvido pelo Sebrae e pela Fiep, que buscam preparar empresários para um mercado global mais exigente.

Os portos do Paraná, por sua vez, estão no centro dessa estratégia. Com recordes sucessivos de movimentação de cargas e investimentos significativos em tecnologia e infraestrutura, o sistema portuário paranaense tem sustentado o crescimento das exportações. A previsão é de movimentar 70 milhões de toneladas em 2024.

Nesta edição de fim de semana (9 e 10), a FOLHA traz reportagem sobre o Encontros Folha e reforça que a integração ao mercado global não é apenas uma oportunidade para a região de Londrina; é uma necessidade. O momento exige ousadia, planejamento e ação coordenada para que Londrina e o Paraná sigam como referências no cenário nacional e internacional.

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