A campanha eleitoral de 2020 começou no domingo (27) com um recorde de candidatos ao cargo de vereador no município de Londrina. O aumento foi de mais de 60% em comparação com 2016. Disputarão as 19 cadeiras do legislativo municipal londrinense 565 pessoas.

O Impulsionamento no número de candidaturas já era esperado e deve-se à mudança das regras decidida pelo Congresso Nacional. A alteração que impactou para elevar o número de pessoas pleiteando uma cadeira nas câmaras municipais de todo o país foi aquela que decretou o fim das coligações proporcionais.

Será a primeira eleição municipal sem a regra que permitia que os partidos se unissem para o lançamento de candidatos. A mudança tem justamente o papel de evitar o “efeito Tiririca”. O fenômeno é bem conhecido há vários pleitos em todo o Brasil. O ator e palhaço Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, já se elegeu três vezes deputado federal fazendo um milhão de votos e ajudando a colocar na Câmara nomes desconhecidos e que fizeram votação bem menor. Lembrando que nem sempre os "puxadores de voto" retribuem com um bom trabalho a confiança que receberam nas urnas. Em comparação com as eleições para presidente e governadores, os cidadãos não costumam dar atenção às eleições municipais a atenção que elas merecem, principalmente quando falamos da escolha de vereadores.

Pergunte para o seu irmão, vizinho ou colega de trabalho se ele lembra em quem votou para vereador e quais realizações do escolhido nos quatro anos em que ocupou uma cadeira na Câmara. A resposta poucas vezes vai mostrar um cidadão que reflete antes de confirmar o voto na urna.

Como foi a atuação do vereador? Apresentou projetos que melhoraram a vida dos munícipes? Fiscalizou os atos do Executivo e fez cobranças pertinentes ou apenas subiu à tribuna para um discurso vazio?

Tudo isso tem que ser levado em conta na hora de reeleger um candidato. Assim como para confiar o voto em um político estreante é preciso analisar a vida pregressa, o discurso e as propostas.

O seu escolhido está prometendo coisas que pode cumprir ou está despejando ideias mirabolantes que fogem do papel de um legislador municipal, que é defender o interesse da população frente ao poder público ao criar, emendar ou extinguir uma lei.

Não adianta o aspirante a vereador prometer coisas que extrapolam o legislação municipal. Tá aí a “pegadinha” em que muitos caem. Ele não poderá apresentar ou mudar leis regionais, estaduais ou nacionais.

As denúncias de corrupção que não param de pipocar de norte a sul do Brasil levaram as pessoas a desacreditarem da política. Mas essa não é uma atitude saudável para a democracia.

Nenhuma eleição trará um "salvador da pátria". Heróis nesse quesito são os eleitores que pesquisam,, buscam informação, votam com consciência sabendo que sua escolha poderá realmente ajudar o seu município a oferecer mais qualidade de vida para à população.

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