Há algum tempo, bati um papo com o amigo de longa data (desde a época que eu fui desenhista de Arquitetura na década de 1960), o prof. dr. José Augusto de Queiroz (conceituado professor de Cálculo Estrutural), sobre o tempo que era engenheiro da Prefeitura e que se viu com um problema: apareceram rachaduras entre o último arco da cobertura da então Estação Rodoviária de Londrina (atual Museu de Arte) e os dois pilares terminais inclinados. Segundo ele, na época, consultaram o Arquiteto Vilanova Artigas (que com o Arquiteto Carlos Cascaldi) projetou tal obra que foi finalizada em 1952, para ver que ação poderia ser dada. Como não foi apresentada solução e a imprensa na época cobrava celeridade (haja vista o risco de ruptura e desmoronamento), o engenheiro Queiroz projetou uma mão francesa nos dois pilares inclinados. Questionei ao dr. Queiroz se ele teria uma solução estrutural para retirada de tais mãos-francesas, restaurando assim o projeto original, tendo ele me respondido que sim, caso aparecesse interessados em arcar com os custos dessa restauração. Da mesma forma, ele me informou que teria uma solução, para levantar a entrada da marquise da entrada às condições originais, mediante macaqueamento nas fundações (houve fadiga do concreto e acomodação do solo, pelo que entendi). Mandei essas sugestões há algum tempo, para quem de direito, para ver se conseguiriam viabilizar financeiramente esses dois pontos na reforma do Museu de Arte de Londrina. Se não conseguiram falar em tempo, com o esse inesquecível calculista estrutural, é uma pena, pois agora só na eternidade. Nossa homenagem a esse mestre da engenharia.

MÁRIO JORGE TAVARES (administrador) - Londrina