Londrina – O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) recolheu amostras da água do Lago Norte, em Londrina, na manhã de ontem, para investigar a origem do grande volume de espuma branca que se acumulou no local e chegou a encobrir algumas árvores do entorno. De acordo com moradores, a espuma começou a se formar por volta das 15h30 de quinta-feira, despejada por meio de uma galeria pluvial.

O engenheiro químico do IAP, Nelson Santos Pereira, informou que o material coletado será encaminhado para laboratórios de Curitiba para análises mais aprofundadas, mas que nos exames rápidos já foi possível identificar a falta de oxigênio na água do lago. "A primeira ação dos materiais despejados é ‘sequestrar’ o oxigênio da água. Isso causa poluição, que resulta em mortandade de peixes", explicou.

Além dos técnicos do IAP, fiscais da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e funcionários da Sanepar percorreram a área próxima do lago para tentar identificar o emissor dos poluentes. Pereira adiantou que a tarefa não é fácil. "Temos uma bacia muito grande, que se estende daqui até a (Avenida) Saul Elkind. Como não temos mecanismos para monitorar por dentro das tubulações, a procura tem que ser visual, pela superfície", explicou. Segundo o engenheiro do IAP, o valor da multa para o crime ambiental varia entre R$ 500 e R$ 5 milhões.