G20 e a projeção internacional do Brasil
O Brasil tem uma grande oportunidade de consolidar-se como protagonista nas discussões dobre os desafios mais urgentes do planeta
PUBLICAÇÃO
domingo, 17 de novembro de 2024
O Brasil tem uma grande oportunidade de consolidar-se como protagonista nas discussões dobre os desafios mais urgentes do planeta
Folha de Londrina

Pela primeira vez, o Brasil vai sediar a Cúpula do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro. Embora, oficialmente a conferência ocorrerá nesta segunda-feira (18) e terça-feira (19), muitas reuniões e encontros paralelos já estão acontecendo, a partir da chegada de chefes de estado, ministros e personalidades de vários países.
Para o Brasil, trata-se de um marco histórico, pois o país assume a liderança temporária do fórum mais importante de cooperação econômica e política internacional. Mais do que organizar uma reunião de líderes globais, o Brasil tem uma grande oportunidade de consolidar-se como protagonista nas discussões dobre os desafios mais urgentes do planeta.
Um dos líderes globais que chegou no domingo (17) ao Brasil foi o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O Air Force One desceu em Manaus (AM), dando início à primeira visita de um presidente americano, no exercício do cargo, à região amazônica.
Antes mesmo de pousar em Manaus, o governo americano havia anunciado que o país vai aportar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) no Fundo Amazônia, destinado à conservação da floresta no Brasil.
O montante se soma a outros US$ 50 milhões prometidos pelos EUA em fevereiro de 2023, por ocasião da visita do presidente Lula (PT) ao país, no início da atual gestão do petista.
O G20 reúne as principais economias do mundo e foi criado em 1999 como um resposta às crises econômicas da época. O grupo engloba 19 países e duas organizações regionais – a União Europeia e, desde 2023, a União Africana. Juntos, os membros representam 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio global e dois terços da população mundial. Essa dimensão torna o G20 um fórum indispensável para a busca de soluções coletivas em áreas como desigualdade social, mudanças climáticas, saúde global, comércio internacional, desenvolvimento sustentável e combate à corrupção.
O Rio de Janeiro, escolhido como sede da Cúpula, será palco não apenas das reuniões oficiais, mas também de eventos paralelos, como o G20 Social e o Urban 20. Esses encontros permitirão a discussão de temas fundamentais, como inclusão social e desenvolvimento urbano, áreas onde o Brasil tem desafios significativos, mas também experiências valiosas a compartilhar. A presença de líderes como Joe Biden e Xi Jinping, da China, reforça o peso geopolítico do evento e sua importância para a agenda global.
Para o Brasil, este é um momento de reforçar sua credibilidade internacional e sua capacidade de articulação diplomática. Uma oportunidade de mostrar que é capaz de liderar com visão e compromisso, em um mundo que demanda cada vez mais cooperação.
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