Imagem ilustrativa da imagem Fundo Partidário
| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O truque é antigo. Os interessados apresentam um valor superestimado no intuito de escandalizar a opinião pública. Diante da grita geral, recuam e “aceitam” um patamar, digamos, “mais realista”. Porém, o que nos afronta não é só o escárnio de termos de pagar para políticos arriscarem-se em candidaturas a cargos eletivos, mas também que aqueles que já estão eleitos aprovarem o valor astronômico de R$ 5,7 bilhões para o próximo “fundão partidário”. Na esteira da Lava Jato, proibiram-se as doações de empresas para campanhas eleitorais, sob o argumento juvenil de que isso estaria na raiz de toda a corrupção política nacional. Ora, alguém acredita que de lá para cá a corrupção acabou ou arrefeceu? Na verdade, até beneficiou os corruptores, que além de evitarem a despesa das campanhas, continuaram a fazer seus lobbies e negociatas tal como antes, com a vantagem de negociarem diretamente com quem foi eleito tão só. É preciso que os partidos e políticos aprendam a arrecadar recursos para suas campanhas, através de doações de pessoas físicas via internet e pix, regulamentar a doação de empresas com um teto máximo e proporcional entre todos os partidos, limitar o uso de recursos próprios para equilibrar minimamente a disputa entre ricos e pobres, e exigir dos candidatos a velha e boa argumentação e convencimento, facilitada hoje pela tecnologia e redes sociais, além é claro, de muita sola de sapato.

Sandro Ferreira (representante comercial) - Ponta Grossa

Colisão de robôs gera incêndio

Os robôs são ferramentas importantes para aumentar a eficiência na área de logística, especialmente na operação de grandes armazéns. Como equipamentos de alta tecnologia, quase todos julgam que eles não estão sujeitos a acidentes. Mas isso não é verdade: a Ocado, uma grande empresa inglesa de comércio eletrônico, que atua na área de entrega de alimentos, foi forçada a cancelar pedidos de seus clientes depois que uma colisão de robôs provocou um incêndio em seu armazém no sudeste de Londres. O armazém deve demorar uma semana para voltar a operar; enquanto isso, seus 3.000 robôs que se movem aproximadamente a 15 km por hora separando produtos e montando as caixas para entrega dos pedidos, permanecerão parados. Como disse recentemente a CNN em uma reportagem acerca do armazém, os robôs parecem-se com "máquinas de lavar sobre rodas", que passam a cinco milímetros uns dos outros, mudando de direção bruscamente. Com isso, e considerando a velocidade dos robôs, parece ser um milagre que choques não ocorram com mais frequência. A tecnologia envolvida foi desenvolvida pela Ocado, que a licencia para terceiros, dentre eles a empresa americana Kroger, que recentemente implantou o sistema em seu centro de atendimento ao cliente de 35 mil metros quadrados em Monroe, Ohio. O incidente confirma que segurança deve ser uma preocupação central no desenvolvimento de novas tecnologias.

Vivaldo José Breternitz (professor de Computação e Informática) - São Paulo