A fé e a devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, confunde-se com o desenvolvimento do povo brasileiro. Sua aparição, em 1707, no Rio Paraíba do Sul, no interior de São Paulo, foi ao lado de três pescadores, de gente simples, sofrida e devota. Da mesma maneira que, na década de 1930, no limiar do surgimento da futura capital mundial do café, aconteceu com os moradores da Vila Nova de Londrina. De lá para cá, do mesmo jeito, o desenvolvimento do hoje Santuário de Nossa Senhora Aparecida do Norte do Paraná se confundiu com o desenvolvimento do município e se tornou referência em todo o estado e no interior de São Paulo.

Hoje, neste dia 12 de outubro de 2021, celebramos o Ano Jubilar, um ano que se inicia repleto de celebrações e comemorações pelos dois Jubileus do Santuário: o Jubileu de Platina (70 anos como paróquia) e o Jubileu de Prata (25 anos como Santuário). Graças aos nossos pioneiros, que também são os pioneiros de Londrina, é possível comemorar tão longeva devoção. Dizem que na recém-criada Londrina, o Seo Benjamin Nalin, morador da Vila Nova, prometera a Nossa Senhora construir uma capela caso sua filha, que estava doente, melhorasse. E assim foi o que fez em um de seus terrenos. Até mesmo ir ao Santuário Nacional ele foi, para buscar imagens para adornar o espaço.

Com o crescimento da região, o bispo de Jacarezinho, diocese à qual Londrina era ligada, designou um padre para assumir a capelinha, que servia para as orações do terço e reuniões da comunidade. No dia 1º de março de 1952 tomou posse o primeiro padre, data em que, em 2022, o Santuário celebrará o Jubileu de Platina. Mais uma vez, o pioneiro Benjamin Nalin retribuiu a Nossa Senhora as graças que recebera e doou seis terrenos para a construção da nova igrejinha. De lá para cá, milhares de atividades foram realizadas, ações sociais e pastorais, missas e celebrações. Até que, em 1997, a paróquia foi elevada a Santuário, por decreto do então arcebispo Dom Albano Cavallin. E se tornou o Santuário de Nossa Senhora Aparecida do Norte do Paraná. Hoje, tem o título de Roteiro do Turismo Religioso do Paraná.

Nada disso teria sido possível não fosse a fé e devoção dos pioneiros, o incansável trabalho dos paroquianos, a contribuição dos devotos e, claro, a liderança dos padres e sacerdotes que passaram por aqui. Mais que isso: a sociedade londrinense abraça e acolhe o Santuário porque reconhece nele não apenas uma importância religiosa e espiritual, mas, sobretudo, social. Por isso, neste Ano Jubilar, queremos convidar os londrinenses e os paranaenses a virem até o Santuário rezar a Nossa Senhora Aparecida. Ou melhor, a virem até a Casa da Mãe Padroeira sentirem-se, justamente, em casa.

Afinal, vir “pagar uma promessa”, como se diz, aqui no Santuário, vale o mesmo que ir até o Santuário Nacional. Por isso, é uma grande alegria e honra para Londrina ter, no coração da cidade, um local dedicado à fé e devoção à Padroeira do Brasil. Mas, assim como outrora o espaço acompanhou o desenvolvimento da cidade, também hoje seguimos no esteio do desenvolvimento tecnológico. Por conta das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, tivemos de adaptar nossas celebrações. E, se antes recebíamos cerca de 40 mil devotos durante o dia 12 de outubro, hoje, com limitações presenciais, ultrapassamos o público de 120 mil pessoas na Festa da Padroeira graças às nossas transmissões online.

Ao completar 70 anos como paróquia e 25 como santuário, estamos mais atuais do que nunca. E continuamos a ser um centro de peregrinação em Londrina, do Norte do Paraná e do interior de São Paulo. Nossa Senhora Aparecida, tal qual apareceu mais de 300 anos atrás, continua a estar ao lado de quem mais precisa. E está de braços abertos para receber cada um de seus filhos, aqui no Santuário de Nossa Senhora Aparecida do Norte do Paraná, na Vila Nova em Londrina.

Padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora Aparecida do Norte do Paraná, na Vila Nova em Londrina.

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