Teatro é um presente para sempre. É a vida celebrada em suas diversas formas artísticas e educacionais, uma apresentação traz a alegria, contemplação, lágrimas, sorriso de todas as idades, a reflexão do lúdico, belo e triste. Só se constrói uma sociedade, para dizer uma nação forte, quando essas são calçadas em valores. Valores, nos dias de hoje, tão carentes mas atemporal. Desde os primórdios da humanidade a expressão artística já era o manifesto dos povos através da representação em suas diversas formas rupestres.

Povos que passaram por guerras e misérias, durante seus diversos conflitos, não sucumbiram para sempre graças, em parte, aos teatros, elevando-se o moral de seus frequentadores e funcionando como um antídoto para milhares esquecerem, ao menos temporariamente, a sua dor e fome. Quando o espírito enaltece o que é superior e de valor, criam-se resistências para suportar as dificuldades, ajudando a renascer uma comunidade forte e consequentemente disposta a resolverem as suas dificuldades com mais precisão e qualidade.

Precisamos, agora, exigir dos candidatos à prefeitura de Londrina: qual a sua proposta para finalizar uma obra há mais de décadas aos escombros e deixada à deriva para virar ruína antes de existir? Porém não se escuta nada de adequado à nobre casa de espetáculos, a construção de um patrimônio deste porte é um sonho para tornar realidade, trabalho de Golias contra os obstáculos para seguir em frente.

Já poderíamos pensar nos currículos escolares, a importância da educação artística, a interpretação das óperas, peças teatrais, musicais e exposições diversas. Com isso, formariam cidadãos com visões mais apuradas sobre o valor do teatro para comunidade.

Educação subentende-se também o comportamento do gestor público em abraçar a causa, talvez de imediato sem muitos impactos nos votos, mas com certeza em reconhecimento pelo serviço proposto e realizado. Adequado lembrar a alavanca econômica da cidade a cada apresentação ou evento realizado, alguns milhões ficam no giro financeiro entre o consumo, mão de obra, rodoviária, aeroporto, locações, impostos, hotéis e restaurantes.

As luzes vão para o palco, essas voltam em retribuição à população como prosperidade desta indústria sem chaminé chamada teatro!

Srs candidatos à prefeitura de Londrina, este ano a metrópole vai comemorar 90 anos e até hoje não temos o nosso Teatro Municipal de Londrina.

Algum se habilita a trazer o assunto tão relevante para o palanque? A cultura está passando vergonha na ex-capital do café!

Glauco Borba, cirurgião dentista