Sobre os artigos com o título epigrafado (Folha, Espaço Aberto 19 e 20/6) causa-nos perplexidade o pré-julgamento dos articulistas sobre situações hipotéticas e açodamentos de acusações sem provas. Quando o primeiro escreve "reparem que sequer conjurei a hipótese de ela (a denúncia) não ser verdadeira - que isso se confirmará ou não na investigação isenta que o estado deve fazer", ele reconhece que as suas afirmativas acusatórias se baseiam numa suposição. Justo ele, que em defesa dos seus clientes conclama por justiça nos tribunais, atacando e rechaçando veementemente a calúnia, a difamação e a injúria; uma incoerência lastimável.

O alegado silêncio da mídia, enunciado nos artigos, é sintomático, na medida em que o acusador de Moro não merece crédito, dado ao seu passado de condenação por crime contra o sistema financeiro nacional, aliás, julgado pelo próprio juiz a quem agora desfere acusação duvidosa. Isso reforça ainda mais a necessidade de uma investigação bem aprofundada para inibir a irresponsabilidade de ilações malévolas e injustas.

Já o segundo articulista tenta desqualificar os trabalhos da Operação Lava Jato, citando uma pretensa execração pública dos seus condutores. É óbvio que tal imprecação é ilusória e um grande erro de percepção. Muito pelo contrário, a maioria esmagadora dos brasileiros tem consciência de que estamos sendo governados por um sistema corrupto que envolve cada vez mais os poderes da República e ainda manda um recado subliminar que vai se dar mal quem ousa enfrentá-lo.

Na operação Mãos Limpas italiana os corruptos se contentaram em apenas sepultá-la, todavia, por aqui os bandalhos não se saciaram em somente enterrar a Lava Jato, eles também querem destruir os agentes da lei, para que nunca mais alguém atreva a se levantar contra as suas falcatruas, patifarias e roubalheiras. E tem quem os apoia!

Ludinei Picelli, administrador de empresas

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