Imagem ilustrativa da imagem ESPAÇO ABERTO - O protagonismo da UEL
| Foto: Roberto Custódio

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) inicia o ano de 2022 com milhares e milhares de atendimentos prestados no ano anterior e mais centenas de projetos de ensino, pesquisa e extensão voltados à comunidade. Além disso, acumula alguns primeiros lugares em rankings paranaenses de avaliação e figura entre as 20 ou 30 mais lembradas e bem avaliadas em ranking nacionais, a maioria deles medidos por instituições internacionais. Entretanto, mesmo assim, a universidade que chegou aos seus 50 anos pode e deve reassumir um protagonismo que lhe fora característico em outros tempos. Londrina não somente precisa da UEL, mas, sobretudo, a universidade ainda tem muito a contribuir com esta jovem cidade.

Só para se ter uma ideia, em 2021, ano ainda afetado e impactado pela pandemia do coronavírus, foram quase 2 mil projetos de ensino, pesquisa e extensão com mais de 11,8 mil participantes. Tudo isso se reverte e se reflete em benefícios para a sociedade. Para além desses projetos, a UEL também presta diversos outros serviços através dos seus órgãos suplementares, desde a Bebê Clínica, a Casa de Cultura, a Fazendo Escola, o Hospital Veterinário, o Laboratório de Medicamentos, o Museu Histórico Padre Carlos Weiss, assim como a Rádio UEL e o Hospital Universitário, que se destacou nos últimos dois anos. Só no HU, por exemplo, foram mais de 127 mil pacientes atendidos no ano passado. No entanto, os números escondem o trabalho de milhares de servidores, sejam eles docentes ou técnicos. No total, pouco mais de 3,6 mil pessoas trabalham na universidade.

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A UEL, portanto, é um patrimônio de Londrina. Não somente porque, ao atravessar suas cinco décadas de vida, figura na paisagem londrinense, mas, sobretudo porque se faz presente em diversos aspectos da vida em sociedade. É por isso que a universidade precisa assumir, com ainda mais força e intensidade, um protagonismo que já lhe foi característico outrora. A UEL precisa participar das decisões mais importantes da cidade e de seu futuro. Porque, afinal, é dela que vão sair milhares de profissionais capacitados para colocar em prática o que se pensa para Londrina daqui a alguns anos.

Londrina respira e inspira a universidade. E a universidade expira e devolve à cidade aquilo que ela mais precisa. Em 2021, a UEL tinha mais de 13 mil estudantes ativos nos cursos de graduação e mais de 4,7 mil estudantes ativos em cursos de pós-graduação. Portanto, são quase 18 mil pessoas preparadas para fazer a diferença na sociedade. Nesse sentido, é que a universidade pode ser um grande diferencial e dar sua contribuição humana nas discussões e projeções de Londrina.

A UEL pode e deve contribuir para as discussões sobre o planejamento do trânsito, por exemplo, com relação à arborização da cidade e a preservação do meio ambiente, no levantamento e pesquisa de dados importantes para o planejamento social, entre tantas outras atividades. No sistema público de saúde, a universidade é fundamental e ninguém tem dúvidas disso. Mas, a UEL pode ser ainda mais protagonista no sentido de articular as discussões com outras instituições, sendo elas universidades ou hospitais. Além disso, com a retomada dos eventos no arrefecimento da pandemia, a UEL volta a dar à cidade a contribuição cultural que faz de Londrina referência no calendário nacional e internacional, com seus festivais, entre eles o de teatro e o de música.

O londrinense gosta da UEL e a UEL ama Londrina. É por isso que toda cidade deve fazer um grande esforço para manter as atividades da universidade e ampliar sua extensão, contribuindo na defesa do ensino público de qualidade. Quanto mais forte e importante for a nossa UEL, mais e melhor Londrina poderá se desenvolver. Afinal, só é possível transformar e desenvolver um povo através de uma educação de excelência!

Renata Perfeito Ribeiro, chefe do Departamento de Enfermagem da UEL.

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