A tarifa do transporte coletivo de Londrina é formada utilizando-se a metodologia GEIPOT - Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, criado em 1965 e extinto em 2008.

Imagem ilustrativa da imagem ESPAÇO ABERTO - O incêndio e o transporte coletivo
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

A metodologia é bem simples, pois todos os custos e investimentos são colocados numa planilha de onde se apura a tarifa (nada fica de fora da planilha).

Apesar de simples, não é possível abordar o assunto com profundidade, pois seriam necessários estudos mais detalhados.

Absolutamente tudo que a concessionária, aliás, a operadora desembolsa vai para o valor da tarifa, inclusive remuneração de capital e lucros (aqui me parece que há uma inadequação).

Operadora é a terminologia adequada para as empresas, inclusive as de pedágio, pois o que elas fazem nada mais é do que operar um sistema com recursos de seus usuários e com os equipamentos necessários (ônibus, pneus, chassis, salários, lucro, remuneração capital, combustível, obras, etc).

Para se ter uma ideia, nem quem utiliza o transporte coletivo de graça, as gratuidades para idosos, por exemplo, fica isento perante a operadora, pois os usuários que pagam, pagam também as gratuidades. Ninguém coloca os pés num ônibus sem pagar ou sem que alguém pague.

É bom repetir, as operadoras recebem por tudo, até por um pneu furado ou, no caso, por ônibus incendiados sem seguro.

O seguro livraria a população de pagar por parte dos 56 veículos incendiados, mas se houvesse seguro, esse já estaria compondo a tarifa e onerando o usuário.

Os veículos incendiados, pela metodologia utilizada, vinham sendo pagos à operadora, como os demais (os que não foram incendiados), agora só resta saber como se lançará esses valores na planilha para que o usuário pague.

Só para ilustrar, vejam alguns custos que compõem a planilha e, por consequência, a tarifa paga pelos usuários.

- Segurança dos terminais

- Despesa mensal com a operação dos veículos destinados ao transporte especial

-Solução de bilhetagem eletrônica: serviços

- Solução de ITS: serviços

- Solução de wi-fi veículos (ônibus)

- Solução de wi-fi dos terminais de integração

Portanto, é bom frisar: “não há almoço grátis”.

OBS: A planilha tarifária do transporte coletivo pode ser encontra no sítio da CMTU.

Antonio Valeriano Antunes Lopes (auditor) Londrina