Primordialmente torna-se oportuno dizer: é doloroso sob todas as óticas, chega-se a ecoar em doses fúnebres dentre outras, a recente polêmica criada pelo Presidente Bolsonaro, sobre a concessão de indulto concedido ao seu assecla deputado Daniel Silveira. Por outro lado, a sociedade brasileira como um todo, tem visto, nos dias, entre atônita, perplexa e até desiludida, os candidatos que surgem como verdadeiros “milagreiros de plantão”.

Ao se apresentarem como pretendentes a cargos eletivos passam a prometer com a maior desfaçatez, a façanha de que se eleito for, realizará as mais mirabolantes obras. O que fazem sem nenhum compromisso com a verdade. É de conhecimento geral que os mesmos buscam tão-somente angariar votos para satisfazer seus próprios particulares e espúrios interesses, os quais nunca são declarados de modo visível e manifesto. Assim procedem as maiorias absolutas dos políticos a cargo público eletivo de qualquer esfera. Ou seja: municipal, estadual e federal. Tudo prometem de maneira insensata, sabendo que não irão cumprir.

Já se disse alhures com muita propriedade a seguinte anedota: Alguém indagou ao seu comparsa: Irás assistir ao debate entre os candidatos? A resposta foi taxativa e nem poderia ser outra: “Pra que serve isto? Pois tudo o que vão prometer corresponde exatamente ao que não irão fazer” Há, no entanto, ponto claro que para pessoa de conhecimento médio, na esperança de se tornar destinatário de uma gestão e ou um sistema legal de governo e conduta ilibada, difícil é perceber que classe política quase que no seu total, utilizam-se de um sem-número de subterfúgios consistentes nas mais amplas falácias, na expectativa de receber o voto do incauto eleitor.

Ocorre que, o humilde e hospitaleiro povo brasileiro, mundialmente conhecido por sua cândida ternura, aliada a sua peculiar boa-fé que possui e pouca maturidade política social, desacostumados inclusive de lutar pelos seus mais elementares direitos, passam por vezes desapercebidos, de que atualmente, não há no País sequer os direitos básicos mais elementares para atender as necessidades da população, qual sejam: política habitacional, segurança e saúde pública,saneamento básico, enfim, infra-estrutura Sem contar na destinação de verbas bilionárias canalizadas para o execrável fundo eleitoral, orçamento secreto, os gastos com cartão corporativos etc.

Atualmente, os privilegiados como são conhecidos os componentes do Congresso Nacional, composto do exuberante número de 513 deputados e 81 senadores, mais o Executivo e seus asseclas, através da mídia invadem-nos os lar, exatamente no horário em que deveríamos estar no aconchego familiar oxigenando-nos para mais um árduo dia de enfrentamento à uma das mais pesadas cargas tributárias do Planeta somada a galopante inflação que reina e assola a sociedade brasileira.

Há, portanto, por partes dos candidatos ao polpudo cargo eletivo de qualquer esfera as promessas de formas mais sensacionalistas possíveis e inimagináveis para iludir a sofrida população à acreditar que desta vez a corrupção e o desleixo serão extirpados do meio político. Ledo engano. Tudo não passa de artifícios surreais com fito de impregnar de sonhos toda sociedade, acreditando naquilo que na prática nunca ocorrerá, tais quais calendas gregas.

Antonio Francisco da Silva – advogado em Ibiporã

Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão e comunicação que lhes são inerentes.

COMO PARTICIPAR| Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. As cartas devem ter no máximo 700 caracteres e vir acompanhadas de nome completo, RG, endereço, cidade, telefone e profissão ou ocupação.| As opiniões poderão ser resumidas pelo jornal. | ENVIE PARA [email protected]