ESPAÇO ABERTO - Lixo, políticas públicas e qualidade de vida
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 02 de dezembro de 2020
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Não há dúvidas de que a publicação de cartas neste espaço suscita o debate e a reflexão sobre temas relevantes para a sociedade, oportuniza belo exercício de cidadania. Cada pessoa expõe sua opinião, concordando ou divergindo sobre o que é tratado, de forma respeitosa, considerando que a maioria não é formada por pessoas conhecidas, uns dos outros, portanto, desconhecem os princípios e os valores dos que escrevem, podendo, desta forma, ir até o limite da discussão da temática. Simples assim.
Neste sentido, gostaria de contribuir com a questão do lixo, reiterando que é salutar ser solidário e manter nossos espaços particulares limpos, bem como individualmente ou em mutirões coletar lixo jogado nos espaços públicos. Sobre os corredores de rua, há que se ressaltar que é impossível pararem, a toda hora, para recolher lixo durante os treinos.
É evidente, no entanto, que embora os caminhões de lixo contratados pela prefeitura passem nos bairros três ou mais vezes por semana, para a retirada de lixo orgânico e reciclável, a coleta seja tão somente do conteúdo condicionado em embalagens. De forma alguma manuseiam, muito menos retiram o que está espalhado pelas ruas.
Vale lembrar que é preciso agir diante de pessoas que circulam a pé, de bicicleta, moto ou carro e efetuam descartes nas vias públicas. Educação ambiental neles (também da escola à universidade), articulada com legislação rigorosa na cidade. Caberá, então, parte de nossa salvação na mão dos varredores de rua, que lamentavelmente não circulam com a frequência desejada.
Investir na varrição de rua é fundamental, concomitante com a capina e a limpeza de bueiros. Essas ações exigem planejamento, por meio de políticas públicas fortemente voltadas para a proteção do meio ambiente. As políticas podem advir de projetos diversos, desde que culminem no mesmo objetivo, que é manter a cidade limpa, e isto significa não apenas coletar lixo, mas sim minimizar a proliferação de insetos indesejados e animais peçonhentos, pequenos roedores e principalmente a propagação de doenças como a dengue.
Portanto, a limpeza das ruas deve sim ser atribuída ao poder público, que por meio de políticas públicas consistentes proporcionará à comunidade a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida para todos os cidadãos. Ficam aí algumas ideias para nossos futuros vereadores!
Maria Aparecida Vivan de Carvalho (professora aposentada) - Londrina