Quando vemos as campanhas de solidariedades em prol de entidades filantrópicas, beneméritas ou instituições de saúde, às vezes, não temos a dimensão da importância de nossa necessária contribuição para minimizar o sofrimento e, até salvar vidas de nossos irmãos portadores de câncer.

O Hospital do Câncer de Londrina é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, especializada no tratamento do câncer, sendo referência em centenas de cidades do Paraná e outros estados.

A história do atual HCL começou na década de 60. A idealizadora, a ilustre baiana Lucilla Balalai chegou em Londrina em 1949, se entregando de corpo e alma em prol do voluntariado londrinense. Em 1965 foi inaugurada o Centro Norte Paranaense de Pesquisas Médicas. Inicialmente, foi destinado à prevenção do tumor do colo do útero para as mulheres de Londrina e região. Em 1968, com o apoio da comunidade teve início a construção do Instituto do Câncer de Londrina.

Devido à alta demanda, em 1970 foi necessário adquirir terrenos vizinhos para proceder a expansão física do hospital. Novos prédios foram construídos. Em 1974 já eram 9 mil atendimentos ao ano. No ano seguinte, houve uma campanha itinerante de prevenção do câncer ginecológico, utilizando um ônibus e um trailer, doados pela Viação Garcia.

Em 1979, morre a fundadora Lucilla. Seu filho, o neurocirurgião Dr. Bruno Balalai assume a direção. Em 1983 foi inaugurado o albergue para pacientes e familiares de outras localidades. No início dos anos 90, houve a ampliação de mais dois andares para internações. Naquele ano, também ocorreu a troca da fonte de cobalto do equipamento. Houve a ampliação do ambulatório, em mais 1000 m², com a ajuda de empresários locais e do próprio governo.

Em 2001 foi construída a casamata de acelerador linear. Dois anos depois, com recursos do Fundo Nacional de Saúde, esse equipamento de ponta foi adquirido.

Em 2005, com o afastamento de Bruno Balalai, (por motivo de saúde), assume o empresário Nelson Dequech, fortalecido pelo maciço apoio do Rotary e da Maçonaria. Novos voluntários propiciaram várias melhorias, acelerando crescimento do ICL que já ostentava o status de hospital. No ano seguinte, foi criada a ala infantil, reformas das enfermarias e criação da Casa de Apoio que recebeu o nome de Lucila Balalai, como merecida homenagem à idealizadora. Após uma consulta popular, a instituição foi, oficialmente, denominada: Hospital do Câncer de Londrina.

Em 2008, foram adquiridos os tão esperados equipamentos, de Braquiterapia e Arco Cirúrgico. Um novo anexo de 2.350 m², foi construído para abrigar serviços gerais do hospital, ampliando em 20 por cento, o número de atendimentos.

Graças a campanha comunitária, “Adote 1 Metro Quadrado”, em 2011 nasceu o projeto de construção de um novo prédio com oito pavimentos. Em 2013, foram inaugurados os dois primeiros pavimentos. As obras de conclusão do terceiro ao oitavo andares tiveram que esperar novas campanhas de doações. Finalmente, em 2015, ocorreu a inauguração da UTI pediátrica, tão esperada pelos usuários. A partir daí, nossas crianças acometidas pela doença, puderam ser, integralmente atendidas.

Hoje, sob a regência do atual presidente Francisco Ontivero, irmanado ao vice-presidente Rubens Martins Junior, o hospital continua em franca expansão. Recentemente, no último dia 12 de abril, o HCL foi honrado pela presença da primeira dama do País, Sra. Michelle Bolsonaro, descerrando a placa inaugural do novo ambulatório, com mais de 1.600 m² e 34 novos consultórios, graças à comunidade.

“Os doadores são fundamentais para o trabalho do Hospital. Graças a essa ajuda, é possível oferecer o melhor e mais humanizado tratamento oncológico aos pacientes e apoio aos familiares que sofrem juntos.” Sabemos como é isso. Infelizmente, nossa família passou por uma dessas dolorosas experiências de sofrimento, durante muitos anos.

O Hospital do Câncer de Londrina pede socorro. A diretoria e seu conselho gestor agradecem o apoio da comunidade, mas ainda há muito mais o que se fazer para atender a enorme demanda no tratamento dos inúmeros portadores dessa terrível doença.

Sejamos solidários! Tornemos nós, também, doadores em potencial! Os pacientes e familiares agradecem.

Félix Ribeiro. cirurgião dentista e professor universitário

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