O livro do Gênesis (1:28-29) assim relata a origem da humanidade, "Deus os abençoou e lhes ordenou: Sede férteis e multiplicai-vos! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo animal que rasteja sobre a terra!" E acrescentou Deus: “Eis que vos dou todas as plantas que nascem por toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes: esse será o vosso alimento!".

Especialmente a partir do início do século XX até meados do apagar das luzes do ano 2019 do século XXI da era Cristã, a humanidade vivia em pleno vigor de atividades industriais, comerciais e de consumo desenfreado. As pessoas se reuniam para festejar a vida em pequenos e em grandes eventos. Tudo era motivo de alegrias e de celebrações.

Com o advento da Revolução Industrial, por exemplo, foi possível a implementação de meios de transporte mais eficientes que permitiram o deslocamento de mais pessoas, em menos tempo de viagem, para todas as partes do planeta. E o transporte gera turismo, impulsionando eventos corporativos e sociais, expandido redes hoteleiras e a malha de restaurantes, bares, bistrôs e afins.

Para atender essa demanda de vida pulsante as indústrias precisam produzir em larga escala e em ritmo acelerado. Todavia, a humanidade, e o planeta Terra já possui 7 bilhões de almas, polui muito, não separa o lixo doméstico, recicla pouco ou quase nada! A poluição contamina os mananciais e as nascentes, destruindo a saúde dos rios; aquece os mares e destrói os corais, que são as fontes geradoras de oxigênio; modifica o período de duração das estações meteorológicas, interferindo no regime das chuvas, que afeta negativamente a agricultura e a produção de alimentos.

O aquecimento global também derrete as grandes geleiras permanentes, causando avalanches, desabamentos e o aumento do nível dos mares, com efeitos devastadores para a vida marinha, em particular, e para a vida animal, em geral. Mas a mãe natureza, de tempos em tempos, através do seu sistema de freios e contrapesos, regula a sua capacidade de resiliência e, através de um vírus que ataca a capacidade respiratória apenas dos seres humanos, diminui a população global e o impacto da poluição produzida por ela.

As novas gerações vão nascer em um planeta, em breve, livre da peste que ora nos assola, mas a consciência de preservação ambiental será totalmente diferente das gerações passadas. Afinal, a vida é feita de escolhas, de atos e de consequências.

Ricardo Laffranchi (advogado) Londrina