Maio é, tradicionalmente, o mês das mães. É quando paramos para homenagear aquela que é a pessoa mais importante de nossas vidas. Seja biológica, de criação, tia ou avó, mãe é mãe. Três letrinhas que fazem toda a diferença na vida de qualquer pessoa. Por isso, olhamos para nosso modelo ideal e extraímos as características essenciais: a Mãe Aparecida, nossa padroeira, mãe de Deus e nossa, é exemplo de ternura, doação e amor. De entrega e renúncia por seu filho – ou por seus filhos todos. Incluindo aqueles que, por infortúnios da vida, não puderem crescer com a presença de uma mãe.

Pilar de sustentação, porto seguro, base sólida, amor incondicional, sorrio que acalma, conselhos que orientam, milagre de Deus, fonte da vida, ventre de amor, heroína das famílias, orgulho dos filhos, guerreiras e batalhadoras. Assim são as mães.

Parecem seres invencíveis e que não podem ser derrotados. Porque escondem sob uma rocha firme as fragilidades da maternidade. E muitas delas estão ligadas aos próprios filhos: vê-los tristes e não poder fazer nada ou, então, incapazes de sofrer no lugar deles. Protagonistas das tantas histórias, as mães têm papel fundamental no curso da História eclesial.

Além da própria Virgem Maria, nascida Imaculada e obediente ao chamado e propósito divinos, muitas outras mães deixaram suas santas marcas. Uma delas é Santa Emília de Cesareia (+375), esposa de São Basílio, que, embora saiba-se muito pouco sobre sua vida, teve seis filhos santificados pela Igreja, dos dez que teve.

Por outro lado, Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962) é uma mãe mais próxima da nossa realidade. Formada médica aos 27 anos, especialista em pediatria, casou-se aos 33 anos e teve quatro filhos. No parto da última gestação, descobriu um tumor no útero, recusou-se a abortar e, infelizmente, morreu uma semana depois de a filha nascer.

Nesse rol estão outras, como Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, e tantas santas mães anônimas em cada família. Por isso, o Dia das Mães – celebrado sempre no segundo domingo do mês de maio –, é data para refletir, pedir e agradecer. É tempo de rezar por nossas mães, de conviver com elas, presencial ou virtualmente, de presenteá-las, de amá-las, enfim, de valorizá-las.

Ter uma mãe não tem preço. Ao contrário, tem valor! Rezemos também por aqueles filhos que tiveram furtada a convivência com suas mães ou porque são órfãos ou porque não as conheceram.

Para esses e para todos os filhos do mundo, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida está com as portas abertas. Aqui, na Casa da Mãe Padroeira, é o melhor lugar para depositar em seu manto sagrado nossas orações e súplicas, nossos agradecimentos e lágrimas, nossas tristezas e alegrias.

A Virgem Maria é a mãe que sempre nos ouve, no escuta e nos ajuda a dar os passos certos no caminho de Deus. É aquela mãe que foi firme com seu filho, mesmo ele sendo o próprio Cristo. Mas, também, é aquela mãe que esteve ao lado de Jesus durante todo o momento de seu flagelo e sua morte na cruz. É, sobretudo, aquela mãe que acreditou na ressurreição do filho de Deus, na esperança da humanidade.

Nossa Senhora Aparecida é a mãe de todos os brasileiros, independentemente de credo, crença ou religião. Porque ela é a representação do povo sofrido, das dores das pessoas, de suas dificuldades e angústias. Ela é aquela que traz Cristo, salvação de tudo. A mesma que salvou aqueles pescadores no interior de São Paulo.

Nossa Senhora Aparecida acolhe a todos os seus filhos, principalmente e de modo muito especial os que passam por situações de fome e dificuldades financeiras e econômicas por conta desta pandemia. Nossa Senhora Aparecida intercede por seus filhos. E, mesmo no Dia das Mães, somos nós os abençoados por termos a graça de sermos seus filhos.

Padre Rodolfo Trisltz é pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova em Londrina.

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