“Não há nada tão forte como uma ideia cujo tempo chegou”. A frase do escritor francês Victor Hugo não seria mais perfeita para o atual momento vivido por Londrina. Amanhã (12), data em que o campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) completa 15 anos de instalação, temos muito a celebrar. Naquele dia, Londrina e a Região Norte do Paraná não ganharam apenas um campus de uma instituição federal para formação de nossos jovens com a oferta de uma educação gratuita e de qualidade. Era a projeção de um futuro que estava por vir.

Juntamente com instituições de pesquisa, universidades já instaladas e cadeia produtiva, seria a consolidação de um ambiente inovador e altamente capacitado que fortaleceria a nossa vocação regional: polo gerador de tecnologia, inovação e inteligência. E, muito mais do que relembrar a história, precisamos falar do presente e do futuro. A instalação do campus na Zona Leste não apenas levou o desenvolvimento a uma região da cidade que, até então, era um enorme vazio urbano. Era o início de um novo tempo, o começo de uma era que traria mais desenvolvimento, com crescimento sustentável, baseado na oferta de mão de obra qualificada e na vida de qualidade oferecida em nossa região para atração de grandes empresas desse segmento. Uma indústria sem poluição ambiental, com a oferta de altos salários e que atrai profissionais talentosos de outras regiões do País e até do mundo.

Atualmente, a região concentra o maior número de instituições federais de ensino do País: são três campi da UTFPR (Londrina, Apucarana e Cornélio Procópio), um campus avançado da Universidade Federal do Paraná em Jandaia do Sul e mais três campi do Instituto Federal do Paraná em Londrina, Arapongas e Astorga. Em um raio de 80 quilômetros, a partir de Londrina, são sete instituições federais com a oferta e cursos subsequentes ao ensino médio, formação continuada, graduações, pós-graduações, mestrados e doutorados.

Imagem ilustrativa da imagem ESPAÇO ABERTO - 15 anos da UTFPR
| Foto: Roberto Custódio -

Além das instituições federais, temos a Universidade Estadual de Londrina, os campi da Universidade Estadual do Paraná em Apucarana e da Universidade Estadual do Norte do Paraná em Cornélio Procópio, um grande número de faculdades privadas, institutos de pesquisa conhecidos nacionalmente e mundialmente, como a Embrapa Soja e o Iapar, e outros importantes ativos como um ecossistema de inovação estruturado, unido e organizado, o hub de inteligência artificial do Senai - o único do País, agentes políticos e sociedade civil organizada que querem o bem e pensam o desenvolvimento do município. Já está formado, portanto, um ambiente extremamente favorável para que nossa região se torne o “Vale do Silício Brasileiro”, uma comparação ao Vale do Silício instalado na Califórnia (EUA) que concentra empresas globais de tecnologia da informação e startups, além de instituições de pesquisa e universidades.

E foram esses fatores e a união de todos que, inclusive, possibilitaram conquistas para toda a região, como o polo tecnológico do agro - o primeiro do País instalado pelo Ministério da Agricultura; o projeto Rua Sergipe Inteligente, uma parceria entre Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Parque Tecnológico Itaipu e Prefeitura de Londrina que será utilizado como piloto para o restante do País; e os testes com a tecnologia de telefonia 5G, a única cidade do Sul a participar da operação.

Portanto, vivemos um momento único, extremamente favorável e, unidos, trabalhamos pela viabilização de um grande parque tecnológico. Um espaço destinado à inovação, tecnologia, ao empreendedorismo e, principalmente, à geração de conhecimento. Queremos garantir que jovens aqui formados desenvolvam e mantenham suas startups, que grandes empresas se instalem, que continuem gerando emprego, renda e impostos e que profissionais talentosos finquem raízes em toda a região.

Portanto, o “nosso tempo” chegou. É chegada a hora de concretizar esse projeto, fortalecermos nosso polo gerador de inovação e conhecimento e, principalmente, tornar nossa região reconhecida em todo o País e no mundo. Só depende de nós.

Alex Canziani, ex-deputado federal, e Luísa Canziani, deputada federal (PTB-PR)

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