Como cidadão londrinense e representante do Coletivo de Sindicatos de Londrina, preocupado com a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores da nossa cidade (com a falta de uma coordenação nacional de enfrentamento à pandemia de Covid-19), que passam dificuldades financeiras, porque o governo federal fez a opção pelo grande empresariado, vem por meio desta nota pública: defender veementemente que a Prefeitura de Londrina adote medidas que garantam o isolamento social, bem como crie ações de financiamentos viáveis para as micro, pequenas e médias empresas locais, para evitar mais demissões no município.

Dados da Junta Comercial do Paraná mostram que 1.700 empresas fecharam as portas em Londrina, desde o início da pandemia, o que representa desemprego de milhares de trabalhadores e de trabalhadoras. Representantes da Acil (Associação Comercial de Londrina) têm ocupado constantemente os espaços na mídia local, criticando o isolamento social, defendendo arduamente a abertura do comércio, mesmo com o aumento de óbitos por causa da Covid 19.

Como representante dos trabalhadores (as) defendemos que a vida deve estar sempre em primeiro lugar. Abrir o comércio nesta grave crise sanitária contribui efetivamente para o aumento de casos da Covid-19 e de mortes pela doença. Nossa indignação vai mais além, ao perceber a cumplicidade da prefeitura por ceder às pressões da Acil que insiste em manter o comercio aberto.

Por fim, espero que o poder público municipal crie, urgentemente, condições para defender os londrinenses, por meio de ações concretas que garantam a sobrevivência de pequenos empresários sem colocar a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras em risco. Para, assim, diminuir as perspectivas de aumento do desemprego e a depressão econômica, que vai assolar o país nos próximos anos.

Marcio André Ribeiro – Professor/presidente da APP Londrina e representante do Coletivo de Sindicatos de Londrina.