Mais um crime em Londrina expõe a violência contra a mulher e mostra que a escalada do feminicídio no Brasil parece não ter fim. A empresária e cabeleireira Claudia Ferraz Maceo, 45, foi morta na casa onde morava, no jardim Roveri, na zona leste de Londrina. A mulher foi encontrada morta na cama, com um ferimento extenso no pescoço. Segundo o bombeiro que atendeu a ocorrência, há indicativos de que não houve resistência.

O namorado da vítima, Arthur Henrique Rockenbach, 30, foi preso em flagrante na casa onde eles moravam. De acordo com a Polícia Militar, o homem confessou o crime e disse que matou a mulher com golpe de faca por motivo de ciúmes.

Ainda segundo a polícia, o crime teria acontecido por volta das 23h (de quarta-feira, dia 7) e o suspeito passou a noite inteira ao lado do corpo.

Chamou atenção das autoridades o fato de ele não ter demonstrado arrependimento e também a suposta intenção do namorado de incendiar a casa para apagar os vestígios do crime, já que uma boa quantidade de gasolina havia sido derramada pela casa.

Os dois estariam namorando há cerca de seis meses, com o casal convivendo na residência há três meses. Ainda segundo a polícia, familiares da vítima relaram que o casal tinha histórico de brigas e o lado ciumento do rapaz. A vítima deixou três filhos, sendo dois menores de idade.

O Brasil está entre os países com maior índice de homicídios praticados contra mulheres. Se você já ouviu a expressão que o machismo e o ciúme matam, também já deve ter ouvido sobre o termo feminicídio, que trata do assassinato de mulheres por questões de gênero.

O TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) esclarece, em seu site, que a palavra feminicídio ganhou destaque no Brasil quando a Lei nº 13.104/2015 foi aprovada e que essa circunstância qualificadora do crime de homicídio foi incluída no rol de crimes hediondos.

No Brasil, esse tipo de crime é um problema bastante grave, que reflete questões culturais, sociais e estruturais profundamente enraizadas na sociedade. E que cresce em número de ocorrências também pela impunidade, desigualdade de gênero e falta de políticas eficazes de prevenção e proteção às mulheres.

Para combater o feminicídio, é preciso promover uma educação e uma conscientização para a igualdade de gênero, além da aplicação rigorosa da lei e de políticas públicas voltadas para prevenir a violência contra a mulher.

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