Os radares de controle de velocidade são bastante utilizados em municípios de todo o Brasil com o objetivo de melhorar a segurança no trânsito. Mas nem todos concordam que eles são a melhor solução. Assim, quando uma administração pública decide aumentar os pontos de instalação desses dispositivos, recebe elogios e também críticas. Os debates acabam sendo inevitáveis.

Em Londrina, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) vai ativar à zero hora de segunda-feira (27) radares para controle de velocidade em três novos pontos: avenida Presidente Castelo Branco, na altura do número 464; avenida Soiti Tarumã, 1.406; e avenida José Del Ciel Filho, 988.

De acordo com a companhia, a decisão foi tomada após o registro de casos de imprudência nestas vias. Os aparelhos, que já estão instalados, vinham monitorando o fluxo de veículos, mas não registrando infrações. A velocidade máxima permitida é de 50 quilômetros por hora. A cidade tem 79 pontos com fiscalização eletrônica.

"Durante o período de testes foram observados inúmeros desrespeitos ao limite de velocidade. São vias de grande fluxo de pedestres e veículos e o desrespeito coloca em risco todos que trafegam pelo local. O que antecede um sinistro de transito é uma imprudência”, afirmou o gerente de Fiscalização de Trânsito da CMTU, Jonas Rico.

O monitoramento eletrônico pode ser interessante em centro urbano quando se leva em consideração que a alta velocidade é uma das grandes causadoras de atropelamentos e outros tipos de acidentes graves.

Entre os prós para a instalação dos radares, listados por especialistas que defendem a sua presença, está a redução de acidentes, levando em consideração que os motoristas tendem a reduzir a velocidade ao se aproximarem dos dispositivos.

Eles listam também a diminuição de velocidade e a conscientização sobre os perigos de alta velocidade, promovendo uma cultura de direção mais segura. É importante ressaltar que os radares fornecem dados valiosos para a análise do tráfego e planejamento urbano, permitindo intervenções mais eficazes onde necessário.

Já os críticos da solução baseada nos radares argumentam que, em alguns casos, o monitoramento eletrônico é usado mais para gerar receita através de multas do que para melhorar a segurança no trânsito. Eles afirmam que essa medida pode levar à falta de programas educativos contínuos para motoristas.

O trânsito é dinâmico e uma solução hoje pode não ser a melhor alternativa em alguns anos. Por isso, é importante o acompanhamento dos dados e promover campanhas eficientes de educação no trânsito. Afinal, o que mais se espera é uma mudança comportamental dos motoristas quanto a uma direção segura, nem que seja a médio e a longo prazo.

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