Dois eventos de preservação de tradições ocorreram neste fim de semana. No sábado, 6 de janeiro, cerca de 2 mil pessoas celebraram a Folia de Reis no bairro rural da Jacutinga, em Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro. O evento que desde 2019, faz parte do Calendário Oficial de Eventos Turísticos do Estado do Paraná, completou 85 anos, com a tradição se perpetuando através de gerações.

A celebração católica, de origem portuguesa em homenagem aos três Reis Magos, Baltazar, Belchior e Gaspar, é muito comum em Minas Gerais, de onde foi trazida em 1939, pelo agricultor Ambrósio Dutra da Silva e pela esposa Maria da Conceição. De lá para cá, as celebrações são mantidas pelos descendentes e por amigos dos familiares.

Outro evento que evoca a manutenção das raízes ocorreu na manhã deste domingo (7), na Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina). O Shinnen Haiga Shiki, a celebração do Ano Novo é feita pela comunidade nipônica há décadas na cidade. No cardápio não pode faltar o tradicional mochi e a sopa de ozoni.

As duas celebrações, a dos descendentes de mineiros do Norte Pioneiro, e a dos filhos e netos de japoneses em Londrina, mostram a importância de se preservar a história e a tradição dos povos que ajudaram a construir o Norte do Estado.

As manifestações culturais são um patrimônio cultural da região e do Paraná. Tanto que o governo estadual, por meio da Lei 19.826, de 22 de março de 2019, incluiu a Festa de Reis de Ribeirão do Pinhal, no no Calendário Oficial de Eventos Turísticos do Estado do Paraná. A ação visa potencializar as atrações e eventos dos municípios e fomentar o turismo no Paraná. Já a cultura japonesa também pode ser prestigiada em eventos de grande porte na região, como o Londrina Matsuri e a Expo Japão.

Preservar as tradições é fundamental para manter vivas as raízes e identidades culturais que moldam as comunidades ao longo do tempo. Essas práticas transmitidas de geração em geração não apenas enriquecem o patrimônio cultural, mas também fortalecem os laços sociais e a coesão comunitária. Ao preservar as tradições, proporcionamos um senso de pertencimento e continuidade.

Do ponto de vista econômico, a preservação das tradições também pode impulsionar o turismo e o desenvolvimento regional. Eventos culturais e celebrações únicas atraem visitantes, gerando oportunidades para negócios locais, impulsionando a economia e promovendo a sustentabilidade cultural.

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