Fenômeno que acontece com frequência nos Estados Unidos, casos de pessoas que invadem escolas com o intuito de matar alunos e professores também começam a se repetir no Brasil a ponto de a polícia e instituições de ensino precisarem também criar protocolos de segurança e prevenção. O mais importante é como identificar pessoas com perfil dos chamados "mass murder", ou assassino em massa.

No dia 27 de março, na Escola Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, uma professora morreu esfaqueada após ser atacada por um aluno de 13 anos. Outras três pessoas ficaram feridas.

Nesta quarta-feira (5), um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau, Santa Catarina, matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas. O criminoso se apresentou à Polícia Militar logo após ter fugido da escola.

Diante do pânico (justificado) de pais de crianças e adolescentes em Santa Catarina, receosos de mandar os filhos para a escola, o delegado-geral da Polícia Civil daquele estado, Ulisses Gabriel, afirmou que o ataque foi um caso isolado, não conectado a outros atentados.

O medo que atingiu os catarinenses extrapolou fronteiras. Em Londrina, o ataque repercutiu bastante e foram muitos os telefonemas de pais às escolas externando a preocupação com a segurança dos filhos. Tanto que a prefeitura convocou uma coletiva de imprensa e a secretária municipal de educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, disse que a prioridade naquele momento era acalmar as crianças, pais e professores que estavam abalados com ocorrido em Santa Catarina. Por isso, o município adotou o recesso nesta quinta-feira.

A Guarda Municipal anunciou medidas para reforço da segurança nas escolas públicas de rede municipal e definiu ações para prevenção para inibir os efeitos desse tipo de atentado. Uma das ferramentas anunciadas como canal de comunicação direta entre escolas e GM será o botão do pânico, pelo 153, por meio de aplicativo de celular. O dispositivo já é utilizado para chamados diretas de mulheres vítimas de violência doméstica ou com alguma medida protetiva.

Outra medida anunciada será a intensificação da rondas policiais nas escolas municipais e centros de educação infantil a partir de segunda-feira (10), após o recesso de Páscoa, informou o Secretário Municipal de Defesa Social, Pedro Ramos.

Muito importante, nesse momento, conhecer os protocolos que outros países, como os Estados Unidos, adotam para preparar professores e alunos para casos de violência, levantar as vulnerabilidades dos prédios escolares e trabalhar os sinais que indicam jovens agressores. Uma atuação da inteligência das polícias sobre sites e fóruns anônimos da chamada deep web também é outra medida esperada.

Infelizmente, o que estamos assistindo é uma tragédia em que um ambiente de aprendizado e segurança para as crianças acaba se tornando o cenário de mortes.

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