EDITORIAL: Saúde deve fazer campanhas para melhorar taxas de vacinação
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sábado, 07 de janeiro de 2023
Folha de Londrina
Na primeira semana do ano, chamou a atenção a notícia de que 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostrou ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.
Ao tomar posse no Ministério da Saúde, Nísia Trindade ressaltou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença. “A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição”, disse, ao destacar que o país responde por 11% das mortes por Covid-19 no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.
A orientação da ministra ganha força após o registro, no Brasil, do primeiro caso da variante do coronavírus XBB.15, identificado em São Paulo. Como a amostra foi coletada em novembro, fica bem evidente a circulação desse novo tipo do vírus que transmite a Covid-19. Diante dessa novidade, especialistas da área de saúde pública frisam que a prioridade no momento é que os adultos completem o esquema vacinal.
“Orientamos as pessoas a se protegerem o quanto antes, pois ainda existe um tempo até que a vacina atue completamente no sistema imunobiológico. Iniciar 2023 com as doses em dia, trará mais tranquilidade e proteção contra a doença”, reforçou Beto Preto, que acabou de ser reconduzido para o cargo de secretário estadual de Saúde no novo mandato do governador do Paraná, Ratinho Junior.
Desde 2020 estamos em uma forte guerra contra a Covid-19 e sabemos que o número de mortes no Brasil chegou a 694 mil pessoas no 5 de janeiro de 2022. A tragédia só não foi maior por conta do trabalho incansável dos profissionais de saúde, do SUS (Sistema Único de Saúde) e da ciência, que desenvolveu em tempo recorde opções de vacinas que permitiram que no último ano conseguíssemos voltar a viver quase um cenário pré-pandemia.
A desinformação surtiu influência em uma grande parcela da população, que ficaram receosos em tomar o imunizante. Cabe, agora, ao novo governo federal promover campanhas de conscientização que levem informações sobre a segurança e eficiência da vacina contra a Covid-19.
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