Às vésperas do Dia Mundial da Água, que é comemorado em 22 de março, o Instituto Trata Brasil publicou nesta quarta-feira (20) o Ranking do Saneamento 2024. Trata-se de uma pesquisa realizada anualmente para avaliar os indicadores das cem maiores cidades brasileiras.

Este ano, Maringá, no Noroeste do Paraná, alcançou os melhores índices da pesquisa, em nível nacional. O município conta com 99,99% da população com acesso à rede de água, 99,99% atendida por coleta de esgoto e 100% desse esgoto tratado.

Outras duas cidades paranaenses estão entre as 10 melhores. Cascavel e Ponta Grossa, ficaram, respectivamente na 9ª e na 10ª posições.

Londrina aparece na 14ª posição, logo atrás de Foz do Iguaçu. O segundo município mais populoso do Paraná ganhou cinco posições na comparação com o ano anterior e ficou com nota 9,21.

As paulistas São José do Rio Preto e Campinas aparecem em segundo e terceiro lugar no ranking, também com nota máxima. As capitais da região Norte têm os piores índices de saneamento básico do Brasil.

Segundo o estudo, cerca de 32 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil e 90 milhões não estão conectadas à rede de esgoto. Isso reflete um problema de saúde para a população que sofre por doenças relacionadas ao consumo de água contaminada.

O ranking foi feito a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2022, os mais recentes, publicados pelo Ministério das Cidades - ou seja, com informações coletadas dois anos após a aprovação do Marco Legal do Saneamento.

Os piores índices são os de coleta e tratamento de esgoto. De acordo com o Trata Brasil, mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto são despejadas diariamente na natureza sem tratamento.

Segundo o Marco Legal do Saneamento, cidades com 99% da população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto são consideradas universalizadas.

É importante ver que o município melhor posicionado no ranking do Saneamento 2024 é paranaense, assim como constatar a melhoria da colocação de Londrina na pesquisa e da evolução de outras cidades do Estado.

O Brasil firmou compromissos sobre esse tema, assumindo metas estabelecidas no Marco Legal do Saneamento Básico (Lei Federal 14.026/2020): 99% da população precisa ter acesso ao abastecimento de água potável e 90% da população deve ser assistida com serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.

O país tem nove anos para cumprir os objetivos e a população deve estar atenta. As eleições para prefeitos e vereadores neste ano é uma boa chance para que o eleitor avalie o que os candidatos vão propor no campo do saneamento básico.

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