Depois do janeiro mais longo da história, como os brasileiros têm se referido ao primeiro mês de 2023, finalmente chegamos a 1º de fevereiro com a sensação de que o país pode finalmente começar a andar. Nesta quarta-feira, assembleias legislativas e o Congresso Nacional deram posse aos seus deputados e senadores e elegeram as mesas diretoras das casas que regem os legislativos nacional e estaduais.

Nenhuma surpresa em âmbito nacional e nem para nós, paranaenses. No Senado, apesar da campanha mais acirrada dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro para Rogério Marinho, o favoritismo de Rodrigo Pacheco falou mais alto. A reeleição do candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi garantida por 49 votos contra 32.

Na Câmara Federal, Arthur Lira foi reconduzido à presidência da Casa, para o biênio 2023-2024, com recorde de votos: 464. Ele obteve a maior votação absoluta de um candidato à presidência da Câmara nos últimos 50 anos.

Em Curitiba, a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) empossou os 54 deputados para a 20ª Legislatura, que terminará no dia 31 de dezembro de 2027. O atual presidente da Casa, deputado Ademar Traiano, foi reeleito para mais um mandato de dois anos. A votação foi unânime.

Há vários pontos a destacar no perfil dos parlamentares que tomaram posse na Assembleia Legislativa do Paraná. A bancada feminina será a maior na história da instituição, com dez parlamentares. Dos 54 deputados que tomaram posse nesta quarta-feira, 17 exercerão o cargo pela primeira vez. Seis retornaram à Assembleia após as eleições de outubro do ano passado (já cumpriram alguma Legislatura ou assumiram como suplentes em algum momento) e 31 foram reeleitos. A renovação é de 31%.

Que em 2023 caia de uma vez por todas a máxima de que no Brasil o ano só começa depois do Carnaval. É urgente que as mulheres e homens que tomaram posse em 1º de fevereiro arregacem as mangas imediatamente, façam valer o dinheiro gasto do contribuinte com o Poder Legislativo e exerçam com o máximo comprometimento com o país e os seus estados a função de propor as leis e as reformas necessárias para o país caminhar, além da importante função de fiscalizar o trabalho do Executivo.

E que a sociedade também faça a parte dela, interessando-se pela política, acompanhando e fiscalizando as ações dos seus candidatos. Oportuno lembrar que quem não se interessa política, muitas vezes acaba sendo governado por pessoas mal intencionadas que vão decidir pelo povo.

A Folha deseja que todos os empossados neste 1º de fevereiro façam um grande trabalho pelo país!