O Plano Safra2023-2024 foi lançado na terça-feira (27), em solenidade no Palácio do Planalto, com previsão de R$ 364,2 bilhões em créditos rurais para médios e grandes produtores. O aumento em relação à edição 2022-2023 do programa foi de 27%, já que no ano passado foram disponibilizados R$ 287 bilhões.

O lançamento contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Rui Costa (Casa Civil), além do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin. A solenidade contou também com representantes do agronegócio brasileiro.

O Plano Safra é um programa anual, que tem o objetivo de apoiar a produção agropecuária no país, com a concessão de empréstimos com juros mais baixos.

O anúncio do valor recorde havia sido antecipado por especialistas que perceberam o esforço do governo Lula para melhorar a relação com o agronegócio.

As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Para os demais, serão de 12% ao ano.

Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano., de acordo com o programa.

O Plano Safra 2023-2024 traz uma novidade. Ele chega com foco também na questão ambiental, pois vai conceder redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros de custeio para produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis e para aqueles que estão em dia com o CAR (Cadastro Ambiental Rural).

A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) emitiu nota reconhecendo o esforço do governo na concessão de um valor recorde no programa e disse aplaudir o quesito sustentabilidade, "já que os produtores brasileiros cumprem a legislação ambiental mais eficiente e restritiva do mundo".

Lançado em 2002, o Plano Safra chega agora aos 21 anos. Ele tem um papel fundamental no crescimento, modernização e fortalecimento da agricultura brasileira. Trata-se da principal ferramenta de uma política agrícola importante. Garantir a cada ano um aporte reforçado para o agricultor brasileiro é assegurar a posição do Brasil como grande fornecedor de alimentos.

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